Corpo de “morto-vivo” pode ser de empresário sumido

O caso do homem que reapareceu seis meses depois de ser declarado morto, em Rio Branco do Sul, pode solucionar indiretamente um misterioso desaparecimento. O Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) estuda solicitar um exame de DNA no corpo do homem enterrado como se fosse Joel Antônio do Nascimento, 30 anos. Há suspeitas de que a vítima seja o empresário José Zineval de Castro, 58 anos, desaparecido desde outubro do ano passado.

Segundo o delegado Messias Antônio da Rosa, que preside o inquérito do sumiço do empresário, a coincidência de datas aponta esta possibilidade. José Zineval, pai de Valdemar Castro, vereador de Rio Branco do Sul, desapareceu em 24 de outubro do ano passado, após comunicar-se de Almirante Tamandaré com parentes. Seis dias depois, a família de Joel esteve no Instituto Médico Legal e identificou como sendo do deficiente mental o corpo de um homem morto por atropelamento na BR-277, Jardim das Américas. O cadáver foi velado e enterrado pela família.

No último dia 28 de abril, o desaparecido surpreendeu a família ao aparecer vivo na casa em que morava, no bairro São João Batista. Joel não soube dizer onde passou os seis meses anteriores. Com a reaparecimento, o IML passou a analisar os documentos referentes à morte do “falso” Joel.

O delegado já pediu às duas famílias para estabelecerem contato e descobrirem se há semelhança entre José Zenival e o desconhecido enterrado em Rio Branco do Sul. “Se houver algum indício de que seja o empresário, solicitaremos o exame de DNA”, falou Messias.

Empresário do ramo madeireiro, José Zineval desapareceu quando vinha de Rio Branco do Sul a Curitiba, para resolver assuntos de negócios. O carro que ele dirigia, um Gol prata, placa AKZ-3233, foi encontrado três dias depois no bairro Cristo Rei, em Curitiba. A chave estava na ignição, mas nenhuma pista do “empresário” foi encontrada. Desde então a polícia aventa hipóteses para o sumiço, mas não chegou a conclusões definitivas.

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