Cope tira de circulação o ?rei? dos clonados

Três meses depois de desarticular uma quadrilha especializada em clonagens de cartões de crédito e banco, policiais do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) prenderam outro criminoso que aplicava o mesmo golpe. Arlindo de Oliveira Néri, 40 anos, usava os cartões e cédulas de identidades falsas para fazer compras e depois lucrar com a venda dos produtos. De acordo com o delegado Renato Bastos Figueiroa, o acusado não trabalhava e ?ganhava a vida? aplicando os golpes.

Arlindo foi preso na última segunda-feira, quando saía de casa, por volta das 8h, no Jardim das Américas. Ele não ofereceu resistência à prisão, mas apresentou uma de suas identidades falsas. Somente na delegacia a polícia apurou seu verdadeiro nome.

Documentos

Na residência do acusado os policiais encontraram 13 cartões de crédito de pessoas e bancos diferentes, cinco documentos de identidade falsificados, dois computadores, três impressoras e uma máquina de plastificar documentos. ?Ele colocava sua foto e os dados de outras pessoas nas cédulas. Desta forma fazia compras em lojas grandes e revendia os produtos pela metade do preço. Vamos investigar agora como ele fazia para conseguir os dados das vítimas?, contou o delegado.

O acusado disse que pagava R$ 400,00 pelos cartões que eram clonados em São Paulo e enviados a ele pelo correio. Entretanto, a polícia tem informações que Arlindo era o próprio fabricante dos documentos falsos, o que se confirma pelas apreensões feitas na casa dele. A polícia acredita que ele esteja agindo desde o começo do ano, mas ainda não conseguiu apurar o quanto já lucrou com os golpes.

Investigação

De acordo com o delegado, Arlindo foi preso em decorrências das investigações para apurar os crimes da quadrilha presa em abril. Figueiroa afirma que Arlindo não pertencia ao bando, mas agia como ele. O detido foi autuado por uso de documento falso, estelionato e falsificação de documento público. Ele será encaminhado ao Centro de Triagem II, em Piraquara.

Em abril, foram detidos criminosos que integravam um esquema internacional de clonagem de cartões, que aplicava golpes em correntistas e financeiras de vários estados do País. O grupo também é acusado de traficar informações sigilosas para a Europa, alimentando outras quadrilhas que aplicavam golpes com cartões clonados.

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