O Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) investiga o conteúdo dos telefones celulares dos seis rapazes presos na manhã de segunda-feira (13), na Vila Torres, Prado Velho, com lança-perfume e um revólver. Nos aparelhos dos detidos, havia fotos dos ataques ocorridos em Santa Catarina. A intenção é descobrir se eles têm ou não participação nos atentados, se fazem parte de alguma organização criminosa ou se apenas guardavam as fotos dos ônibus queimados.

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“Todos foram autuados em flagrante por associação ao tráfico e dois deles por porte de arma de fogo. Agora, o material apreendido vai ser analisado, mas é leviano dizer que eles são de alguma facção ou que vieram para a capital para fazer algum ataque terrorista”, explicou o delegado Matheus Layola.

Segundo a polícia, as primeiras informações dão conta de que o grupo veio a Curitiba para participar da festa rave promovida no fim de semana, em Piraquara.

Os rapazes de Santa Catarina e uma mulher de Curitiba, com idades entre 19 e 29 anos, aguardam a decisão judicial e esperam por vaga no sistema penitenciário. A Polícia Civil do estado vizinho também deve ajudar nas investigações. “Entramos em contato com policiais que trabalham nas investigações dos ataques, trocamos informações e passamos os nomes dos detidos”, explicou Matheus.

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Ataques

Depois de mais de 48h de trégua, Santa Catarina teve mais dois atentados na madrugada de ontem. Um ônibus particular queimado, em Ituporanga, no Vale do Itajaí, e a casa de um agente penitenciário atingida por tiros, em Chapecó, no oeste catarinense, somaram 110 ocorrências desde 26 de setembro.

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