Confusão depois do homicídio no Itatiaia

Disparos, grande confusão e um assassinato marcaram a madrugada no Conjunto Itatiaia, Cidade Industrial. O auxiliar de produção Paulo César Lissandro Camargo Guedes, 26 anos, foi morto com três tiros na esquina das ruas Darci Vargas e Cidade de Campos Novos, quando saía de um bar, às 3h30 de ontem. Pouco depois do crime, uma enfermeira que estaria com os supostos autores foi agredida, repórteres sofreram ameaças de amigos da vítima e a perícia foi impedida de realizar seu serviço. Só com a chegada de mais de dez viaturas da Polícia Militar os ânimos foram controlados.

Pouco antes de ser morto, Paulo envolveu-se numa discussão em frente ao bar. Ele estaria saindo quando três homens que o aguardavam a cerca de 50 metros do estabelecimento atiraram. Atingido por três disparos, o auxiliar morreu na hora. A polícia ainda não sabe os motivos da discussão.

Logo em seguida, mais de 50 pessoas se aglomeraram em volta do corpo e teve início um enorme tumulto. A enfermeira Simone, 29 anos, que estaria no bar com uma irmã e dois dos supostos criminosos, primos dela, foi agredida. O dono do bar teve que fechar as portas e trancar a moça no banheiro do estabelecimento para evitar que ela fosse linchada. Houve tentativa de agressão a repórteres que faziam a cobertura do episódio e até mesmo a perita do Instituto de Criminalística foi impedida de fotografar o cenário do crime.

Alguns homens investiram contra os policiais militares e tentaram tomar-lhes as armas. “Foi preciso muito tato para não perder a cabeça”, disse o soldado Andrade, do 13º Batalhão, um dos PMs que atenderam a ocorrência. O reforço policial foi solicitado e conteve a multidão.

A DH apurou o nome de dois dos suspeitos do assassinato, mas ainda não os localizou.

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