Condenado atirador do Juizado Especial

O ex-agente de segurança Pedro Graciano da Silva, 40 anos, foi condenado a cumprir uma pena de 20 anos e oito meses em regime fechado. Ele foi considerado culpado por ter atirado contra quatro pessoas, inclusive sua ex-mulher, e ter mantido outras pessoas como reféns no dia 5 de abril de 2001, dentro do prédio do Juizado de Causas Especiais, localizado na Rua Fernando Amaro, no Alto da Quinze. O julgamento teve início às 9h de quinta-feira e terminou apenas às 3h45 de ontem.

Naquela ocasião ocorreria uma audiência no Juizado, devido ao termo circunstanciado elaborado na Delegacia da Mulher pela ex-esposa de Jorge, Letícia Cristina Cunha, sobre as agressões por ela sofridas. A audiência estava marcada para às 13h30, mas meia hora antes Letícia chegou, acompanhada pelos pais: Creusa Bessani Cunha e Benedito de Souza Cunha. Logo em seguida, apareceu Pedro.

Confusão

Dentro do prédio estavam aproximadamente 100 pessoas quando Pedro sacou sua arma. A primeira a ser atingida pelos disparos foi Letícia e, na seqüência, seus pais. O sargento do Exército Antônio Coelho também foi baleado ao tentar socorrer um dos feridos.

Depois dos disparos, Pedro se refugiou dentro da sala da Promotoria fazendo três funcionários como reféns. O prédio foi cercado pela Polícia Militar e tiveram início as negociações que perduraram por mais 12 horas, quando o ex-agente se entregou. Durante a sua apresentação no Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), Pedro alegou que precisava de tratamento psiquiátrico, pois possuía distúrbios mentais.

No julgamento ele negou que tivesse atirado contra o pai de sua ex-mulher e no sargento do Exército, assim como não confirmou que deixou pessoas como reféns. Admitiu apenas os disparos contra a ex-mulher e a ex-sogra.

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