Quase dois meses depois do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) ter cumprido 27 mandados de busca e apreensão na Câmara de Piraquara, o principal denunciante das irregularidades está com medo. O comerciante Lúcio Renato procurou a polícia para denunciar as ameaças de morte. Segundo ele, pessoas ligadas aos vereadores ligam para sua loja e dizem para a esposa dele que sabem onde os filhos estudam e deixam um clima de medo.

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“O meu pedreiro pediu a conta, pois foi abordado por alguns homens em um carro preto, na Vila Macedo, e avisado para não trabalhar mais na minha obra, pois haveria tiroteio e ele poderia ser atingido”, contou o comerciante.

Proteção

Ele disse também que o Gaeco ofereceu a inclusão do seu nome no programa de proteção a testemunha, mas para isso, teria que deixar a cidade. “Conquistei minha vida aqui e não posso sair fugido”. Conforme relatou, no Gaeco obteve a informação que as polícias Civil e Militar iriam ajudar na sua proteção.

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Em 30 de junho, mais de 100 policiais invadiram a casa de nove, dos 10 vereadores do município, suspeitos de desvio de dinheiro. Estão sob investigação 36 pessoas. A denúncia era que os parlamentares se apropriaram de parte dos salários dos funcionários. Ninguém foi preso.