Comerciante reage e mete fogo em ladrões

Dois rapazes invadiram uma mercearia da Rua Rio Solimões, Jardim Weissópolis, em Pinhais, no início da noite de sábado. Como resposta à voz de assalto, receberam tiros disparados pelo proprietário do estabelecimento. Um dos assaltantes caiu na hora, ferido, o outro conseguiu correr ao pronto-socorro local em busca de ajuda. Os dois foram levados ao Hospital Cajuru.

Era perto das 19h quando a dupla chegou e deixou a motocicleta CG, placa AJC-7162, pronta para a fuga. Os dois indivíduos entraram no mercado e deram voz de assalto, mas foram surpreendidos pela reação do proprietário. Um dos assaltantes, que se identificou como Darci (mais tarde foi verificado que o nome era falso), caiu baleado no interior do estabelecimento ainda segurando o revólver, calibre 38, usado no crime. Seu comparsa, também ferido a tiro, conseguiu fugir, abandonando a motocicleta. Segundo a PM, o veículo não possui alerta de furto ou roubo e foi encaminhado à delegacia local.

Socorro

O ferido correu até o pronto-socorro do município e foi encaminhado ao Hospital Cajuru, para onde também o primeiro assaltante havia sido levado por socorristas do Siate. No hospital, a polícia ligou um fato a outro e descobriu que os dois estariam juntos no mesmo assalto.

A reportagem da Tribuna tentou obter os nomes dos baleados na Delegacia de Pinhais, mas tanto as identificações como outros detalhes do caso estavam “indisponíveis”. Também o Hospital Cajuru se negou a fornecer os nomes dos baleados. (FS)

Reações têm sido comuns

Por medo ou cansaço de sofrer violência, vítimas de assalto e a população em geral estão reagindo aos roubos com mais freqüência, tomando para si a função que seria das polícias. A história do comerciante do Jardim Weissópolis, em Pinhais, que reagiu e baleou os dois assaltantes que atacaram seu estabelecimento, não é um caso isolado.

Na semana passada, outro dono de mercado, dessa vez no Jardim Holandês, em Piraquara, também reagiu ao ver sua esposa sendo agredida por um assaltante. Ele e a esposa foram baleados, porém o agressor foi desarmado e espancado por moradores que testemunharam o assalto. Fernando Zatta, 22 anos, morreu em decorrência do espancamento.

Esses dois casos ocorreram em bairros próximos, onde são bastante comuns as reclamações dos moradores pela falta de policiamento. Muitos acreditam que se a polícia fosse mais eficiente nestas áreas, o número de roubos iria cair e as vítimas não teriam necessidade de se armar para reagir à ação dos bandidos.

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