Comerciante mata bandido no Tatuquara

Desempregado, Marcelo Vicente de Oliveira, 29 anos, encontrou no crime uma maneira de sustentar sua vida e o vício em drogas. Mas os assaltos que vinha cometendo terminaram ontem pela manhã, quando o comerciante o matou.

Pouco depois, a vítima do assalto se apresentou à polícia e entregou a arma. O confronto ocorreu na esquina das Ruas Jornalista Silvino Alves Batista e Desembargador Ernani Almeida de Abreu, Moradias da Ordem, no Tatuquara.

Segundo levantamentos das Polícias Civil e Militar, o comerciante chegou por volta das 7h45 para abrir sua distribuidora de gás. Ele estava com o filho, ainda bebê, no colo, e a esposa.

Logo que abriam o portão do estabelecimento, Marcelo os abordou armado, deu voz de assalto e pediu dinheiro. O homem passou o bebê para o colo da esposa e entregou algum dinheiro trocado que tinha. Marcelo não gostou da pouca quantia.

Tiros

A todo momento, o rapaz apontava a arma para as vítimas. Com medo que o bandido ferisse sua família, o comerciante sacou um revólver 38 que tinha na cinta. Vítima e assaltante discutiram e houve troca de tiros.

Marcas de balas furaram o muro da distribuidora. O comerciante conseguiu escapar dos disparos do bandido. Já Marcelo cambaleou alguns metros pela rua e tombou morto. A arma que ele usava desapareceu.

Familiares de Marcelo contaram a policiais militares que ele morava em Campo Largo. Envolvido com coisas erradas, inclusive drogas, o desempregado foi ao Tatuquara possivelmente para cometer roubos. Ele já respondia a um inquérito por porte ilegal de arma, pelo 2.º Distrito Policial (Rebouças).

Defesa

Depois dos tiros, o comerciante chamou a PM e aguardou ser conduzido ao 13.º DP (Tatuquara). A polícia entendeu que ele agiu em legítima defesa. O homem costumava andar armado justamente por medo de ter sua distribuidora assaltada.

O comerciante foi indiciado por homicídio, mas, por ter agido em legítima defesa, e ser réu primário, foi liberado. O 13.º DP tenta, agora, descobrir o paradeiro da arma que Marcelo usava, que teria sido tomada de suas mãos.