Coincidência leva dupla de ladrões para a cadeia

Uma coincidência acabou levando dois assaltantes para atrás das grades. Cleber Padilha, 27 anos, e Reginaldo Tomás da Silva, 24, foram presos pelos investigadores Antunes e Neves, quando tentavam vender o motor de uma Kombi furtada em uma oficina mecânica, em Campina Grande do Sul. Os dois foram autuados por receptação e indiciados em inquérito por roubo pelo delegado Marcelo Lemos de Oliveira.

Motor

Os investigadores foram entregar uma intimação na oficina mecânica, quando Cleber e Reginaldo entraram no local e ofereceram ao proprietário da oficina o motor da Kombi. Antunes e Neves desconfiaram e começaram a fazer perguntas aos rapazes. Não convencidos com as justificativas, convidaram a dupla a acompanhá-los até a delegacia. Não era o dia de sorte de Cleber e Reginaldo. Ao chegarem na DP, o proprietário da Kombi placa ACN-0757, furtada em Colombo, no dia 24 de fevereiro, estava chegando para retirar seu veículo, encontrado depenado no município. Imediatamente ele reconheceu o motor.

Diante disto, o delegado deu voz de prisão para Cleber e Reginaldo por receptação. Os policiais checaram o número da placa COI-0647, de São Roque (SP), do Dodge Dakota, ocupado pela dupla. Como foi constatado que o veículo estava em circulação, o delegado resolveu checar o chassi e descobriu que a camioneta havia sido furtada no dia 31 de janeiro, em São Roque, e que a placa verdadeira era CTH-4788, de São Bernardo do Campo(SP). “Era um dublê”, salientou Marcelo.

Roubos

No decorrer das investigações, a polícia descobriu que Cleber e Reginaldo eram autores de três roubos de caminhões Mercedes Benz. “Eles foram reconhecidos pelas vítimas e confessaram”, frisou o delegado, informando que a dupla roubou os Mercedes Benz placas AEJ-3530 (no dia 7 de janeiro), ABS-1167 (dia 25 de fevereiro) e LGB-4774 (dia 14 de janeiro). “São veículos de frete. Eles contratavam, traziam para Campina Grande do Sul e davam voz de assalto ao motorista. Para que as vítimas não desconfiassem, eles até davam um adiantamento de R$ 50,00, que depois recuperavam”, contou Marcelo. Ele acredita que a dupla é responsável por outros roubos. “Já entramos em contato com a Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos. Acreditamos que a imagem dos dois divulgada na imprensa irá ajudar na elucidação de outros crimes”, acrescentou o delegado.

Versão

Reginaldo não quis muita conversa com a imprensa. “Eu sou de Jucupiranga (SP) e estava passeando na casa de um colega, o Cleber”, justificou. Mas seu cúmplice o desmentiu. “Eu sou de Cajati (SP). O Reginaldo alugou uma chácara em Campina Grande do Sul e me convidou para fazer os assaltos. Eu iria ganhar mil reais pelo furto da Kombi e o roubo do caminhão. Eu era só motorista. Tem mais um também que assaltava, mas não sei o nome, acho que é parente do Reginaldo”, entregou Cleber. Ele disse que no interior de São Paulo trabalhava como operador de máquinas. Como ficou desempregado, deixou a família em Cajati e veio para o Paraná em busca de trabalho, se hospedando na chácara alugada por Reginaldo. “Ele me convidou para ser o motorista e eu aceitei. Me dei mal. Não recebi o dinheiro e ainda fiquei preso. Minha família está passando necessidades”, disse.

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