COE dá curso sobre situações especiais

O Comando de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar encerra hoje, na Academia do Guatupê, o curso de preparação de oficiais a situações de risco. O curso é pioneiro no Paraná e as aulas simulam abordagens e situações reais. O procedimentos, baseados na doutrina americana de gerenciamento de crises, são adaptados à realidade brasileira.

O dia de ontem foi destinado à atuação prática dos alunos sobre o que aprenderam nos três primeiros dias de treinamento. Além de oficiais da Polícia Militar, de diversas unidades em todo o Estado, também participam do curso oficiais do Exército brasileiro, Aeronáutica, agentes da Receita Federal, da Guarda Municipal de Curitiba e policiais civis. A turma totaliza 41 homens.

De acordo com o tenente Marco Antônio da Silva, a intenção do COE é repassar aos oficiais novas técnicas que estão sendo implantadas em situações de risco iminente, como assaltos com reféns, ameaças terroristas e tentativa de suicídio. Os alunos são responsáveis por retransmitir os ensinamentos aos seus comandados. "Instruímos policiais para terem condições de dar atendimento a situações de emergência", explicou o tenente.

Preparo emocional

O tentente Marco Antônio Silva lembra que no atendimento inicial a ocorrências, os policiais têm que estar preparados para enfrentar situações críticas e tentar controlá-las até a chegada de uma equipe especializada. Em alguns casos, é necessário o apoio das polícias civil e militar, que contam com grupos especiais para atender com eficiência a situações que fogem ao delito usual, como seqüestros e casos relacionados a bombas, por exemplo.

Os integrantes do COE avaliaram os alunos, que atuaram em duplas. O objetivo foi medir a reação inicial dos oficiais frente a situações de risco.

Foram montados três cenários diferentes, nos quais os alunos enfrentaram tentativa de suicídio, assalto com refém e prática terrorista, também com a utilização de refém. Em todas as ações, os policiais tiveram que seguir recomendações que foram ensinadas no curso.

Assalto com refém

Refém utilizado como escudo. Nesse caso, os policiais lidam com marginais que pretendem agir com violência. A tarefa é baixar a tensão e isolar a área, para que os marginais não façam mais reféns e não consigam fugir.

Ação terrorista

Situações extremas como a de atos terroristas não são comuns no Brasil. Porém, ações violentas podem ocorrer em regiões de fronteira. Nesses casos é primordial que os agentes mantenham a situação sob controle até a chegada de uma equipe especializada para dar continuidade às negociações.

Tentativa de suicídio

A principal função dos policiais em casos deste tipo é passar tranqüilidade ao potencial suicida até a chegada de especialistas. É preciso evitar a aproximação de estranhos e familiares para que não haja desespero por parte do suicida.

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