Ciclistas pedem mais segurança para treinar

A falta de segurança que os ciclistas enfrentam enquanto treinam no acostamento de rodovias de Curitiba e Região está próxima de acabar. Ontem, o presidente da Paraná Esporte, Ricardo Gomyde, se reuniu com entidades que representam os atletas, da Assembléia Legislativa, Ecovia, Policia Militar e Civil, para discutir o problema. Hoje uma comissão se reúne e começa a definir as estratégias de combate aos assaltos e prevenção de acidentes.

Segundo o treinador da Seleção Brasileira de Ciclismo de Estrada, Adir Romeo, é grande a falta de segurança que os atletas enfrentam. Desde o ano passado vários ciclistas tiveram os equipamentos roubados. Um dos casos mais sérios aconteceu em dezembro de 2002 quando um deles foi baleado. De lá para cá ele faz fisioterapia e não pôde participar de várias competições. Romeo está treinando 32 atletas e afirma que o problema pode interferir no rendimento. Na sexta-feira será disputada em Curitiba a quarta etapa do Torneio Pré-Olímpico de Pista.

Gomyde afirmou que seria importante realizar neste momento uma operação conjunta e intensa para combater o problema. Pode haver uma quadrilha agindo nesses assaltos, uma vez que se trata de material especializado, uma bicicleta das mais simples chega a custar R$ 2.500,00.

Várias sugestões foram apresentadas no encontro. O Sindicato dos Atletas Profissionais pediu que a Polícia Militar e Civil atuem de forma mais efetiva nas regiões onde ocorrem os assaltos (BR-277 e contornos Leste e Sul) e nas lojas especializadas. Os atletas também se organizariam para treinar em horários pré-determinados e a polícia faria patrulhamento.

Um cadastro identificando os equipamentos seria elaborado para que polícia usasse nas investigações. Já o DER-PR (Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná), Polícias Rodoviárias Federal e Estadual junto com a Ecovia, concessionária que administra o trecho da BR 277, entre Curitiba e Paranaguá, ficariam encarregados de melhorar a sinalização com as normas internacionais do esporte. A medida ia ajudar a prevenir acidentes.

O superintendente do 6.º Distrito Policial (DP), Aírton Pereira da Silva, disse que não havia registros na delegacia do número de assaltos na região. Mas o 6.º DP se comprometeu a trabalhar no caso. O comandante do Comando do Policiamento da Capital (CPC), coronel Itamar dos Santos, disse que para as operações terem mais resultados seria necessário que as pessoas prestassem queixa, já que eles trabalham com estatísticas. Também comentou que seria difícil usar o cadastro para identificar as bicicletas, já que são desmontadas e isto dificulta o reconhecimento.

O presidente da Federação de Ciclismo do Paraná, Estefano Ulandowiski, sugeriu que um cadastro com os atletas fosse feito e pediu espaço para treinamento no Autódromo Internacional de Curitiba. Afirmou ainda que as medidas deveriam ser estendidas a todo o Paraná, já que muitas atletas treinam no interior.

A assessoria do deputado estadual Natálio Stica, que ocupa a primeira vice-presidência da Assembléia, se comprometeu a pedir ao DER que faça o trabalho de sinalização e a trabalhar pela realização de campanhas educativas em parecia com o Executivo, em todo o Estado. O representante da concessionária Ecovia, Edgar Borralho, afirmou que as medidas de sinalização poderiam ser providenciadas, mas teriam que ser discutidas com o DER.

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