Chuva de balas e três prisões

Uma intensa troca de tiros envolvendo investigadores da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV) culminou na prisão de três integrantes de uma perigosa quadrilha, no início da noite de terça-feira, na Rua Conde de São João das Duas Barras, Xaxim. Dois marginais foram baleados e encaminhados a hospitais, e um terceiro está recolhido no xadrez da DFRV. De acordo com o delegado Hamilton da Paz, a quadrilha é especializada no furto e roubo de camionetas Hilux e carros Corolla, ambos da marca Toyota, e agia há aproximadamente três meses. Os carros roubados pelo grupo eram revendidos no Paraguai.

As investigações levaram a polícia a identificar cinco integrantes do grupo e diligências foram realizadas para prendê-los. Na manhã de terça-feira, a quadrilha tomou de assalto um caminhão “cegonha” na BR-476, proximidades da loja Havan, no Boqueirão, e levou uma camioneta Hilux, zero quilômetro. A camioneta foi localizada pelos policiais dentro de um terreno, no Xaxim, e uma campana foi montada no local. Por volta das 19h, três homens chegaram no Vectra CHE-8932 (SC), para buscar a Hilux, momento em que foi dada voz de prisão. Os indivíduos reagiram atirando contra os investigadores, que revidaram. A troca de tiros durou até que dois marginais foram baleados e o terceiro se entregou.

Líder

Walmir Schuvantek, 33 anos, considerado o líder da quadrilha e conhecido por “Cigano”, levou sete tiros – no peito e na barriga – e foi encaminhado ao Hospital do Trabalhador. Mauro Alexandre da Silva, 28, – provável nome falso – foi alvejado por dois disparos e levado para o Hospital Cajuru. Luís Carlos Portela Coelho, 23, o “Nenezão”, foi preso. Os dois baleados têm seu estado de saúde estável, de acordo com o delegado.

Hamilton da Paz ressaltou que a quadrilha é perigosa e age bem armada. Com o trio foram apreendidas duas pistolas nove milímetros de procedência israelense. “Eles utilizavam projéteis de teflon, conhecidos por perfurarem coletes à prova de balas. Felizmente nenhum policial foi atingido”, disse o delegado. Outros dois integrantes do grupo -que age apenas em Curitiba – estão sendo procurados. A quadrilha tinha como hábito levar os veículos roubados para o Paraguai, onde eram comercializados. Cada Hilux era vendida por R$ 3 mil e cada Corolla, R$ 1,5 mil. “Pelo menos 30 veículos foram comercializados pelo grupo”, afirmou o delegado. De acordo com Luís Carlos, por cada veículo de passeio levado para Foz do Iguaçu, ele ganhava R$ 700,00 e para cada camioneta eram pagos R$1,5 mil. O receptor dos veículos é um homem conhecido por Laurindo, que se encarrega de atravessá-los para o Paraguai. Laurindo seria paraguaio e é descrito como gordo, 1,70m de altura, cabelos lisos e pretos.

Sobre os integrantes da quadrilha, o delegado Hamilton informou que eles se revezavam ao atacar as vítimas para dificultar a identificação. Vítimas que reconhecerem os assaltantes devem entrar em contato com a DFRV pelo telefone 329-6744.

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