Catador de papel massacrado a facadas e pedradas

Abastecido com uma garrafa de cachaça, o catador de papel Dorival Moreira Pinto deixou a casa da irmã Rosângela às 3h de ontem. No curto percurso até o depósito de ferro-velho onde dormia, topou com seus assassinos na Rua Padre Isaías de Andrade, esquina com Antônio Parolim Júnior, Parolim. Eram duas pessoas, que o esfaquearam e acertaram-lhe a cabeça com uma pedra. Dorival resistiu alguns minutos aos golpes, mas morreu ao chegar no hospital.

A família acredita que o catador foi morto de graça. “Foi uma covardia. Ele não fazia mal para ninguém”, disse o irmão Doral, 38 anos. Rosângela, 36, última parente a ver Dorival com vida, contou que ele foi à casa dela, no mesmo bairro, somente para levar uma garrafa de pinga ao local onde se abrigava. “Seu único problema era a bebida. Até uma criança batia nele”, lembrou.

Morte

Um vizinho viu Dorival caído na rua e correu para avisar o dono do depósito. Só então o Siate foi acionado e socorreu o homem agonizante, que teve parada cardíaca e recebeu as primeiras tentativas de reanimação ainda no solo. Ao chegar no Hospital Cajuru, já estava sem vida.

Os parentes não conseguiram descobrir os nomes dos assassinos com a vizinhança. “Ninguém escutou nem viu nada. Só soubemos que estavam em dois e que são bandidos”, falou Rosângela. As informações foram repassadas à Delegacia de Homicídios, que tem a tarefa de descobrir os matadores.

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