Com cigarro na mão e pensamento distante, o carpinteiro João Alberto Pereira dos Santos, 30 anos, foi surpreendido por seu assassino à 0h10 de ontem. Após breve discussão com um homem encapuzado que apareceu em frente à sua casa, recebeu dois balaços, foi arrastado e caiu morto na Rua Francisco Novicki, esquina com a Andirá, Vila Rio Negro, Sítio Cercado.
Gritos
A esposa da vítima, Terezinha, contou que era hábito do carpinteiro acender o cigarro na frente de casa e pensar na vida. Ela ouviu quando um homem, que segundo ela tinha o rosto coberto, chegou e iniciou uma discussão com João, por motivo que ela não soube explicar.
Logo em seguida, a mulher escutou um disparo e os gritos do marido: “Socorro, Terezinha, me ajude! “. “Estava escondida no quarto e fiquei com medo de sair”, disse a mulher, justificando o fato de não ter tomado atitude alguma. Outro tiro seguiu-se e João, já em silêncio, foi arrastado de dentro do terreno até a calçada da rua ao lado. Lá foi achado morto com um tiro no pescoço e outro na cabeça.
Mulheres
Segundo a esposa, João, com quem vivia há dez anos, nunca teve passagem pela polícia nem envolvimento com drogas. Mas ultimamente andava muito tenso e orientou a mulher, a filha e a enteada a mentir que havia se mudado se alguém viesse procurá-lo. A esposa forneceu outra pista à polícia, que pode direcionar a investigação: João tinha relacionamento com uma jovem, que estaria grávida, e em sua carteira foram encontrados nomes e telefones de outras duas mulheres. Descobrir se o autor do crime seria mesmo um homem traído ou enciumado é tarefa da Delegacia de Homicídios.