O investigador Raimundo Francisco, do 7.º Distrito Policial (Vila Hauer), acusado de participar do esquema de pedofilia e corrupção denunciado por meninas da rede pública de ensino, foi preso no último domingo, pela Corregedoria da Polícia Civil. Ele estava foragido desde 3 de junho, quando foram decretadas as prisões preventivas de 19 policiais civis, dois agentes administrativos e mais duas pessoas, apontados como envolvidos no esquema investigado pela corregedoria há mais de três meses. Raimundo foi denunciado pelos crimes de formação de quadrilha, exploração sexual infanto-juvenil e prostituição.
Segundo a corregedoria, o policial foragido já havia sido procurado em sua casa várias vezes, e em locais que freqüentava, mas não foi encontrado. Após algumas investigações, os policiais descobriram que ele iria jogar bola, no domingo, em um campo de futebol amador, em Colombo. Ele foi preso antes de chegar ao campo, abordado em seu veículo, ainda na rua. O investigador está preso na Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos, em cela especial, destinada a policiais.
Segundo a corregedoria, só resta prender o delegado Edson José Costa, adjunto do 4.º Distrito Policial (São Lourenço), para que todos os mandados de prisão referentes ao caso sejam cumpridos. Até agora, foram presos 19 policiais, entre investigadores, escrivães e delegados, além de dois agentes administrativos, todos do 7.º, 4.º e 12.º distritos (respectivamente Vila Hauer, São Lourenço e Santa Felicidade).
Inquérito
A Corregedoria da Polícia Civil já concluiu o inquérito que apurou o envolvimento desses policiais civis na rede de exploração sexual infantil usada para cobrar propina de pedófilos. Os documentos foram entregues à Vara de Inquéritos Policiais (VIP). Os acusados irão responder por estupro, atentado violento ao pudor, formação de quadrilha, exploração sexual comercial infanto-juvenil, concussão e corrupção de menores.
A sorregedoria identificou pelo menos seis crianças e adolescentes usadas na rede de exploração sexual.