Moradores da Vila Torres, em Curitiba, fecharam as ruas Chile e Guabirotuba na noite de sexta-feira (16), após uma troca de tiros que vitimou um homem suspeito de ser o chefe de uma das gangues rivais da vila. O trânsito ficou totalmente bloqueado por mais de uma hora. Um carro também foi incendiado.

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Por volta das 15h50, três homens foram baleados na Rua Irineu Adami, dentro da Vila Torres. Um deles, identificado como Gilson Carlos da Silva, o “Tevez”, seria o chefe de uma das gangues da região, foi atingido na cabeça. A Polícia Militar foi acionada e isolou o local para atendimento do Siate, porém, familiares insistiram em levar as vítimas por conta ao hospital. Eles foram escoltados pela PM até o Hospital Cajuru. Até o fim da manhã, não foi informado o estado de saúde deles.

À noite, cerca de 20h, como forma de protesto ao ocorrido à tarde, moradores atearam fogo em entulhos e lixo nas duas ruas que levam a Avenida das Torres e o centro da cidade. Latões de lixo foram colocados no meio da rua. 

Treinamento de Brigada de Incêndio

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Um bloco da Pontifícia Universidade Católica (PUC) foi evacuado durante a ocorrência. Mas o procedimento nada teve a ver com o incidente na Vila Torres, conforme esclareceu em nota, a assessoria da PUCPR. Segundo o comunicado, a evacuação do Bloco Vemelho do Câmpus Prado Velho atendeu exigência do Corpo Bombeiros, uma vez que naquela mesma ocasião estava sendo feito treinamento de brigada de incêndio.

Insatisfação com o “acordo de paz”

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Conforme apurado pela reportagem, o confronto entre as duas gangues da Vila Torres voltou a acontecer após alguns integrantes não estarem satisfeitos com o acordo feito com uma facção criminosa. Foi como um “acordo de paz”, para que o tráfico de drogas pudesse acontecer sem ocorrências.

O Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar acompanharam de perto a movimentação e apagou o fogo e liberou as pistas, sem dificuldades. Porém, perto das 21h, um veículo foi incendiado na Rua Guabirotuba e a via foi bloqueada novamente. Um morador relatou que este carro teria sido trocado por drogas, e por isso foi queimado.

“Tevez” possui uma extensa ficha criminal, com vários mandados de prisão cumpridos, inclusive por homicídio. Ele havia saído da prisão na quarta-feira (14), após ser preso em flagrante por policiais da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV). Ele ficou nove dias preso e foi liberado por força de um alvará de soltura.