Candidata baleada pode desistir das eleições

O suposto atentado contra a candidata à prefeitura de Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), Geraldina Cecília Cartário Ribeiro, conhecida como Tuca Cartário, pode levá-la a desistir da candidatura.

O anúncio sobre a possível renúncia foi feito ontem pela manhã pelo pai de Tuca, o deputado estadual Geraldo Cartário Ribeiro (PDT), em pronunciamento na Assembléia Legislativa do Paraná.

O deputado disse que “não vai deixar a filha concorrer mais”. Tuca, de 40 anos, está internada no Hospital Santa Cruz, em Curitiba. Ela foi baleada no ombro na noite do último domingo, quando saía de uma reunião política.

O deputado disse ainda que iria abrir uma consulta no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para ver se pode ou não concorrer à prefeitura no lugar da filha. “Se a Justiça Eleitoral permitir, eu serei candidato em Fazenda Rio Grande sim”, afirmou o deputado ontem à tarde, por telefone. Porém, o TRE informou ontem no final da tarde que a consulta ainda não foi aberta.

Na época da oficialização das candidaturas, o deputado não pôde concorrer porque não tinha domicílio eleitoral em Fazenda Rio Grande reconhecido pela Justiça Eleitoral.

Ontem, durante o pronunciamento, ele também disse que a filha deve renunciar porque está assustada. “Entre a família e a política, eu prefiro a família”, disse ele.

Conforme informações de colegas de partido de Tuca, ela foi baleada após o seu veículo, um Uno Mille, ser “fechado” por uma caminhonete logo depois que ela deixou uma reunião política no Jardim Veneza, em Fazenda Rio Grande, por volta das 22h do último domingo.

Da caminhonete, um homem teria disparado dois tiros em direção a Tuca, sendo que um acertou seu ombro. Desde então, seus colegas afirmam que tudo não passou de um atentado político e que várias pessoas ligadas a Tuca já tinham recebido ameaças por telefone.

Na segunda-feira, o secretário estadual de Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, determinou que todo o efetivo do Comando de Operações Policiais Especiais (Cope) e o serviço de inteligência da Polícia Militar (PM) investigassem o caso. Até agora não há pistas dos pistoleiros.