Cadeia cheia motiva rebelião no 3.º DP

Presos da abarrotada cadeia do 3.º Distrito Policial promoveram um início de motim, entre as 2h e 2h30 de ontem. Revoltados com a superlotação, tentaram evitar a entrada de mais um detento, queimaram colchões e danificaram celas. A confusão acabou com a chegada de reforço do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) e da Polícia Militar.

A confusão iniciou-se na ala A, uma das quatro que compõem o xadrez do 3.º DP, nas Mercês. Até ontem, 145 presos se espremiam no distrito, que tem capacidade para apenas 40. Quando policiais de plantão tentaram recolher outro homem preso em flagrante, começou a motim. “Disseram que ninguém mais entraria ali porque já estava muito cheio”, falou o delegado Carlos Castanheiro, titular do 3.º DP. Além dos colchões queimados, a tubulação de água e cadeados foram arrebentados.

Segundo o delegado, 69 presos se rebelaram. “Foi praticamente um desabafo pela superlotação. Não houve tentativa de fuga e tudo se resolveu em 30 minutos”, disse Castanheiro. Depois da tentativa de rebelião, todos os presos ficaram nus, no solário da cadeia. Mesmo com a situação controlada, o clima continuava tenso pela manhã e eles se recusaram a receber o almoço.

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