“Caboclinho” vai a júri por tentativa de homicídio

Adiado pela segunda vez no início de maio, deve acontecer hoje, no Tribunal do Júri de Curitiba, o julgamento de Joarez França Costa, o “Caboclinho”, e de seu suposto comparsa Antônio Luiz da Costa, o “Zóio”. Eles respondem acusação por tentativa de homicídio. O júri deve se estender até amanhã.

Os advogados de defesa dos réus, Antônio Augusto Figueiredo Basto e Antônio Henrique Amaral Rabello de Mello, disseram que vão “desmontar” a acusação. Eles afirmam não há provas concretas do envolvimento dos réus no atentado contra Adélio de Jesus Becker, ocorrido em setembro de 1999.

Desmanche

Adélio Becker era proprietário de uma loja de autopeças na Avenida Salgado Filho, na época do crime, e teve o carro atingido por uma saraivada de balas quando saía de casa, no bairro Boa Vista. Becker seria concorrente de “Caboclinho” no negócio ilegal de desmanches de carros. “Zóio” é apontado no inquérito como pistoleiro, que agia a mando de “Caboclinho”.

Há dois meses, o advogado Rabello de Mello obteve, junto ao STF, um habeas-corpus para Antônio Luiz da Costa, o “Zóio”, em outra acusação de homicídio. “Caboclinho” foi beneficiado pelo mesmo habeas. No entanto, os acusados continuam recolhidos em celas da Prisão Provisória de Curitiba, no Ahú, por diversos outros processos a que respondem. Estão presos há três anos.

Adiamentos

O júri deveria ter acontecido em fevereiro, primeira data marcada, mas a acusação pediu adiamento. Em maio, o juiz José Carlos Dalacqua – que substituía o juiz Fernando Ferreira de Moraes, em férias – pediu adiamento para se informar melhor sobre o processo. O juiz não teve tempo suficiente para estudar o caso. Os autos do processo em que “Caboclinho” e “Zóio” são acusados de tentativa de homicídio somam 16 volumes grossos.

O caso no qual os acusados conseguiram habeas-corpus é o homicídio de Jezael Cubas, conhecido como “Português”, ocorrido no final de 99, em Rio Branco do Sul. A vítima teria sido assassinada a tiros por “Zóio”, a mando de “Caboclinho”. Seria uma queima de arquivo porque “Português” sabia demais sobre as atividades criminosas da quadrilha de “Caboclinho”.

Voltar ao topo