Bradock está sendo investigado pelo MP

O delegado de polícia Mário Sérgio Bradock, eleito deputado estadual pelo PMDB, está sendo investigado pela Promotoria de Justiça de Rio Branco do Sul. Ele foi acusado de perseguir ex-funcionários do prefeito Bento Chimelli e de receber dele R$ 4 mil por mês para garantir a segurança na cidade, quando comandou a delegacia local, no ano passado. Chimelli, que está com prisão preventiva decretada desde a semana passada, suspeito de envolvimento no roubo e desmanche de carros, além receptação de armas, continua foragido. Ontem foram cumpridos mais dois mandados de busca e apreensão em duas de suas propriedades, em Itaperuçu e Tranqueira.

Na última segunda-feira um ex-funcionário de Chimelli – cujo irmão também trabalhava para o prefeito e foi assassinado a tiros durante uma emboscada – foi ouvido na Promotoria e confirmou as perseguições. Segundo ele – o nome está sendo mantido em sigilo por segurança – Bradock teria recebido ordens para persegui-lo após a morte de seu irmão, possivelmente para obrigá-lo a abandonar a cidade e nada revelar sobre a tocaia ordenada pelo prefeito.

Negativa

Pelo menos duas vezes por semana, segundo a denúncia, Bradock aparecia na empresa de Cal Chimelli, de propriedade do prefeito. O delegado não foi encontrado para comentar as acusações. Porém, em declarações dadas à Rádio CBN ele negou todas as acusações e disse estar sendo vítima de perseguição política. Ainda segundo ele, tais denúncias já haviam sido feitas em setembro passado, quando estava em campanha para deputado. Quanto ao assassinato, ele garante que o caso foi investigado e o autor do crime apanhado em flagrante.

Buscas

Uma investigação levada a efeito pela Promotoria de Rio Branco do Sul, com a ajuda a Promotoria de Investigação Criminal (PIC), fez com que a polícia localizasse nas propriedades de Chimelli, em Rio Branco do Sul e Almirante Tamandaré, carros e caminhões adulterados, com numeração de chassi raspada, e 18 armas de fogo, algumas de uso restrito das Forças Armadas. Isso propiciou a decretação da prisão preventiva do prefeito que desapareceu em seguida.

Ontem, após o MP receber novas denúncias contra Chimelli, foram cumpridos mais dois mandados de busca e apreensão nas propriedades do prefeito. O resultado de mais esta ação deverá ser conhecido hoje.

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