O inverno traz duas preocupações para os bombeiros: a vegetação ressecada pelo clima e os perigosos balões. Dois fatores que, unidos, podem provocar verdadeiras tragédias e pôr em risco vidas. Com o objetivo de conscientizar a população, o tenente Renê Muchelim, relações públicas do Corpo de Bombeiros, relatou algumas das conseqüências dos incêndios provocados pelos balões e pediu para que qualquer anormalidade nessa área, seja relatada com urgência à Central de Operações pelo 190. Transportar, soltar, vender ou fabricar balões podem dar penas de até três anos de detenção, além de multas.
“Embora existam muitas pessoas ligadas a “clubes de baloeiros”, que defendem a tese de que os atuais balões não causam incêndios, é comum observarmos balões que caem com as tochas acesas colocando em risco o patrimônio de terceiros. É extremamente desgastante para o profissional bombeiro, que sabe quanta dor e sofrimento um incêndio causa, quanto patrimônio é destruído, quantas vidas são ceifadas e quantas vezes vidas são colocadas em risco, ao vermos um, dois ou mais balões cruzando o céu como que nos desafiando.”, diz o tenente em uma carta à imprensa. Ele relata o perigo com centrais de combustíveis, o prejuízo ecológico, com o aniquilamento de plantas e animais, e a possibilidade de um dos artefatos colidir com um avião ou ser sugado pela turbina, o que colocaria em risco centenas de vidas. Além disso, ressaltou as seqüelas exibidas por pessoas queimadas por balões “equipados” com “fogueteiras”.