Bomba de fabricação caseira explode em delegacia no Rio

Uma bomba de fabricação caseira explodiu na madrugada desta quarta-feira (11), por volta das 2h30, na delegacia de Campo Grande, no zona oeste do Rio.

Segundo informou o titular da delegacia, Marcus Neves, há informações de que o atentado teria sido provocado pela milícia que atua na zona oeste, a mando do vereador Jerominho (PMDB-RJ) e do deputado Natalino (DEM-RJ).

Neves afirmou que o atentado pode ter sido uma represália atuação dos policiais, que têm intensificado a repressão aos grupos de milícias nas favelas da zona oeste.

"Nós já temos informações de que esse atentado partiu de milicianos que atuam na zona oeste, em especial vinculados ao vereador e ao deputado. As investigações preliminares apontam o envolvimento dessas milícias no atentado, pois a 35ª DP [Delegacia de Polícia] intensificou a repressão ao grupo de milicianos que atua na zona oeste".

O delegado afirmou que, segundo inquérito policial instaurado para apurar o caso, duas das quatro pessoas suspeitas de envolvimento direto no atentado já foram identificadas e terão a prisão preventiva decretada ainda esta semana.

O Esquadrão Antibombas da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) fez a perícia no local. No momento em que a bomba teria sido arremessada de cima do viaduto de Campo Grande, havia oito pessoas na delegacia. Ninguém ficou ferido. A explosão danificou parte da fachada e atingiu uma viatura estacionada próximo ao local.

Investigações da Polícia Civil apontam a existência de duas milícias em Campo Grande. Uma delas, com atuação hegemônica em pelo menos 90% da atividade miliciana, teria ligação com os políticos.

O vereador Jerônimo Guimarães foi preso em dezembro do ano passado numa operação da Polícia Civil, por chefiar a quadrilha e realizar instalação de TV a cabo pirata e vender gás irregularmente.

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