Bêbado, pedreiro matou a sogra, feriu a mulher e seqüestrou o filho

O trabalho rápido de policiais militares do 13.º Batalhão evitou que uma tragédia ainda maior acontecesse na Vila Osternack, na noite de sexta-feira.

O pedreiro Osmar Alves de Miranda, 27 anos, foi preso depois de matar a sogra, ferir a mulher – Clenir Miranda – e sob a ameaça de uma faca, fugir com o filho de dois anos por um matagal que divide o Sambaqui do Bairro Novo. Nas proximidade do Hospital Evangélico do Sítio Cercado, ele foi abordado por dois policiais que conseguiram imobilizá-lo e salvaram a criança. Osmar foi preso e encaminhado ao Centro Integrado de Atendimento ao Cidadão, anexo ao 8.º Distrito Policial (Portão). A sogra dele, Paulina Erhardt Ferreira, 46, morreu logo depois de dar entrada na unidade de saúde do Sítio Cercado. Clenir e o garotinho foram socorridos pelo Siate e levados ao Hospital do Trabalhador. Ambos passam bem.

De acordo com o vizinho Dejair Correia dos Santos, Clenir foi até a casa dele para telefonar para o marido e saber onde ele estava. ?Pelo que deu pra entender, ela estava nervosa porque o marido estava bêbado, junto com o padrasto. Ela e a mãe disseram que eles nem precisavam voltar para casa e, se voltassem, as malas já estavam prontas para eles irem embora?, contou Dejair.

Meia hora depois do telefonema, Dejair ouviu gritos e o pedido de socorro da vizinha. ?Ela bateu na minha porta e gritava dizendo que ele estava esfaqueando a dona Paulina?, contou.

Fuga

Em seguida, Clenir tentou pegar o filho de dois anos, mas Osmar, mesmo bêbado, foi mais rápido e com a faca na mão acertou o braço da mulher. ?Ele pegou a criança com uma mão, a faca com a outra e fugiu para o matagal?, contou Dejair, que com outro morador da vizinhança acompanhou a fuga, sempre mantendo distância, para que ele não se sentisse pressionado e fizesse uma besteira com o filho. ?Às vezes ele parava, jogava a criança no chão. Caía muita chuva na hora, o menino estava todo molhado. Quando a gente se aproximava ele ameaçava nos atacar. Daí pegava a criança de novo e andava mais um pouco?, contou Dejair.

Depois de andar quase dois quilômetros dentro do mato, já nas proximidades do hospital do Bairro Novo, uma viatura da PM foi interceptada por Dejair. Segundo o soldado Baumann e o cabo Chagas, Osmar estava nervoso e não largava a criança. ?Tivemos que agir com muita cautela, pois se fizéssemos uma abordagem precipitada, ele poderia cortar o menino com a faca?, explicou Baumann.

Com alguma conversa, os policiais tentaram acalmar Osmar. Quando ele se distraiu, o cabo Chagas o desarmou, ao mesmo tempo em que Baumann puxou o menino. ?Foi tudo muito rápido. A situação era tensa e a criança estava tremendo de frio e chorando muito. Graças a Deus deu tempo de salvá-la?, contou o soldado, emocionado.

Depois de prender o homicida e salvar o menino, os policiais foram até a casa onde havia acontecido o crime. No local, a ambulância do Siate fazia os primeiros atendimentos no braço da mãe, que aguardava notícias do garotinho. ?Quando eu cheguei do lado da ambulância com a criança, a mulher se emocionou e abraçou o filho e agradeceu a Deus, sem saber que sua mãe já estava morta?, contou o policial.

Na abordagem, Osmar sofreu alguns ferimentos e teve que ser medicado no Hospital do Trabalhador. Em seguida, foi levado para o Ciac Sul, onde foi autuado em flagrante por homicídio, tentativa de homicídio e seqüestro.

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