Perigo

Barracão ilegal de tintas é fechado em Colombo

Um barracão, abarrotado com produtos químicos, de origem suspeita, foi descoberto pela Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) em Colombo, na manhã de ontem. Além do armazenamento inadequado de material de alta periculosidade e com risco de explosão, o dono do barracão, no final da Rua Luíza Furlan Berlesi, no bairro Canguiri, destilava alguns produtos para retirar o tíner e revendê-lo. Gilberto Ferreira, 64 anos, e seu filho, Adriano Gilberto Ferreira, 36, foram presos.

O delegado Danilo Zarlenga, da DFR, chegou ao local pela denúncia que o barracão guardava produtos furtados e roubados. No local, os policiais encontraram dezenas de galões com ácidos, lubrificantes, resinas, glicerina, além de diisocianato de tolueno (que mata apenas pela inalação). Também estavam estocados produtos alimentícios, como óleo de girassol e flavorizantes com sabores de frutas.

Cheiro

Era possível sentir o cheiro do solvente da rua. Para surpresa do delegado, quando entrou no barracão, três pessoas fumavam no local, aumentando o risco de explosão. A família já foi proprietária de outro barracão no município, onde exerciam a mesma atividade e que explodiu, em maio do ano passado.

Os produtos estavam acondicionados em tambores, amontoados de qualquer

Revenda

Num barracão menor, dentro do terreno, o delegado encontrou uma espécie de destilaria, em que o dono do barracão conseguia separar o tíner de alguns produtos, principalmente tintas. O tíner era revendido, mas o detido não revelou para onde ou para quem. “Ele podia vender para oficinas mecânicas, lojas de materiais de construção, para batizar combustíveis, enfim, há muitos usos para o tíner”, disse Zarlenga.

Autuação por vários crimes

O delegado Danilo Zarlenga solicitou que o Ministério Público lacrasse o barracão. Amostras de cada produto deverão ser encaminhadas
à perícia, para ver qual a utilização de cada um.

A polícia também vai investigar a origem do material, já que o dono do barracão não tinha autorização para comprar, vender ou manusear os químicos.

Apenas pai e filho foram autuados. Mas o delegado acredita que toda a família, que reside na casa nos fundos do terreno, participava do esquema. Além do crime ambiental, pelo armazenamento inadequado, Gilberto e Adriano também responderão por crime contra a ordem financeira, já que não tinham empresa constituída, não recolhiam impostos, e não tinham alvarás. Eles também foram autuados por colocar em risco trabalhadores, a própria família e os vizinhos.