Bandidos promovem tiroteio e morte durante assalto

O churrasco da quinta-feira à noite, no Bar e Lanchonete Castilho – na Avenida Juscelino Kubitschek de Oliveira, Vila Santana, Cidade Industrial – foi interrompido por assaltantes às 22h30. Eles renderam cerca de 15 pessoas e, durante a ação, mataram Antônio Joel Schineider Leal, 45 anos, com um tiro no coração. Ainda feriram gravemente Inês Macedo, 34, com um balaço no peito. Um outro freqüentador do bar levou uma coronhada na cabeça. As duas vítimas foram conduzidas ao Hospital do Trabalhador. Depois do ataque, os criminosos fugiram levando dinheiro e documentos dos freqüentadores do estabelecimento.

O delegado Rubens Recalcatti, titular da Delegacia de Furtos e Roubos, informou que os bandidos foram identificados, logo após o crime. Segundo ele, um deles é Nei, residente na Vila Resistência, Cidade Industrial, que ficou dando cobertura, armado, do lado de fora. O outro é “Fabinho”, que mora na Vila Barigüi, próximo ao Corpo de Bombeiros da CIC, e o terceiro, “Edinho”, provável autor dos disparos. A casa dele fica na Vila Sabará, também na Cidade Industrial. “Estamos trabalhando para apurar o nome completo desses indivíduos. Eles integravam a gangue do “Tiriva” (Júlio César Tiriva), que foi assassinado no dia 18 de outubro, na Cidade Industrial”, informou Recalcatti. Ele disse que assim que o trio for identificado, irá remeter o caso ao 11.º Distrito Policial (CIC), que deverá dar continuidade aos trabalhos.

Recalcatti informou, ainda, que o mesmo estabelecimento já foi assaltado por integrantes da gangue do “Tiriva” outras vezes. “São pessoas muito violentas, que atiram e agridem as vítimas sem que haja reação”, comentou.

Roubo

Todos os participantes do churrasco estavam reunidos em frente ao bar. Ele foram obrigados a entrar no estabelecimento pelos três indivíduos, sendo que um deles, identificado como “Edinho”, estava armado de revólver. Cerca de 15 pessoas ficaram presas, depois que um dos assaltantes baixou a porta de aço, deixando Nei do lado de fora. Com as vítimas encurraladas, Fabinho e Edinho pediram as carteiras, dinheiro, e foram recolhendo os pertences, sem que houvesse resistência.

Violência

Um homem, provavelmente embriagado, levou uma coronhada na cabeça. Ninguém soube dizer o motivo da agressão. Em seguida, o tiro contra Antônio acertou-o no coração, derrubando o homem próximo à mesa de bilhar. Mais dois disparos foram feitos e uma das balas atingiu o peito da funcionária do bar, Inês, que estava atrás do balcão. A outra bala parou na parede do bar. A mulher foi atendida pelo Siate e levada ao Hospital do Trabalhador, onde continuava internada até ontem, em estado grave. Os socorristas nada puderam fazer para salvar a vida de Antônio. “Ninguém resistiu ao assalto, não havia nenhuma arma com a gente”, garantiu uma das vítimas.

Antônio morava no Tatuquara, mas há cerca de uma semana mudou-se para uma quitanda, de propriedade de Marli Castilho, dona do bar. “Ele não tinha rixa com os assaltantes”, esclareceu. Na noite de quinta-feira, Antônio se juntou aos fregueses que esperavam a carne, que era assada por um dos garçons do estabelecimento.

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