Com um tiro disparado a curta distância, no ouvido, o autônomo Cleber Mirlei Ferreira de Araújo, 31 anos, foi assassinado na madrugada de ontem, no Umbará.
O corpo foi achado por amigos, dentro de uma valeta, na Rua Eduardo Pinto da Rocha. Antes disso a Polícia Militar já havia encontrado o carro da vítima abandonado perto dali.

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Cleber saiu de casa por volta das 23h30 de sábado. Avisou a mulher que iria comprar cerveja e despediu-se dela e dos dois filhos, de 8 e 6 anos. Por volta das 5h, policiais militares bateram na porta da casa dela, avisando que tinham encontrado o Gol placa AHC-9872, de seu marido, abandonado. O carro estava sujo de barro, revirado, sem o aparelho de som e de DVD. A carteira da vítima estava aberta, com os documentos esparramados dentro do automóvel. Mesmo com todos os indícios de que algo grave havia acontecido, os policiais militares não chamaram a perícia ou acionaram a Polícia Civil. Entraram no carro e o levaram até a casa de Cleber, cujo endereço descobriram por meio dos documentos da vítima.

Corpo

Desesperada, a esposa de Cleber avisou o irmão dele, Fernando Ferreira de Araújo, 27, que passou a procurá-lo com a ajuda de amigos. Eles se dividiram em grupos e alguns utilizaram o Gol da vítima para percorrer ruas do bairro, o que dificultou ainda mais o trabalho da perícia.

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Quando o dia clareou, amigos encontraram Cleber na valeta, perto da casa onde morava. Segundo Fernando, o irmão tinha na carteira cerca de R$ 1 mil e alguns cheques, que ele depositaria na segunda-feira. O dinheiro desapareceu, junto com o aparelho de som e DVD do carro. O roubo caracterizou latrocínio.

Segundo parentes e amigos da vítima, Cleber era muito trabalhador e um homem honesto. O dinheiro roubado era referente à entrega de madeiras em uma olaria. “Ele catava madeira e entregava em pizzarias e olarias. Estava muito feliz, porque tinha juntado dinheiro para comprar um sobrado e estava quase fechando negócio”, revelou o irmão.

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O local de crime foi atendido por investigadores da Delegacia de Homicídios, mas por se tratar de latrocínio, o caso deve ser investigado pela Delegacia de Furtos e Roubos (DFR).