Bandidos invadem casa e aterrorizam casal

Identificando-se como policiais, dois bandidos armados e encapuzados invadiram uma casa, no Cajuru, na madrugada de ontem, e aterrorizaram um casal evangélico que havia acabado de chegar de um casamento. Um dos assaltantes não se deu por satisfeito em roubar e matou o dono da casa, Davi Monteiro, 31 anos, com um tiro na cabeça.

O crime bárbaro aconteceu na Travessa A, Vila Autódromo. O casal ficou quase quatro horas sofrendo nas mãos dos marginais. Segundo informações da Delegacia de Homicídios, por volta de 00h30 os marginais bateram à porta dizendo ser policiais e afirmando que queriam “dar uma geral” na casa.

Logo que Davi abriu a porta, foi empurrado pelo assassino que estava armado e levou várias coronhadas e socos na cabeça. Em seguida, a dupla pediu dinheiro. Primeiro encontraram R$ 50. Insatisfeitos, os marginais queriam mais dinheiro e encontraram R$ 30 no guarda-roupa e R$ 20 na carteira da vítima. Além da quantia, a dupla fez “a limpa” na residência: pegou um televisor 29 polegadas, um videogame e um microondas.

De acordo com apurado pela polícia, um dos ladrões fugiu levando os objetos e dinheiro. Ele ainda chegou a sugerir para o comparsa que ele também fosse embora, pois já tinham o que queriam, mas o assaltante armado permaneceu na casa para dar início à sessão de tortura. Depois de amarrar na sala as mãos e os pés de Davi, com fios de luz e cordas de nylon, o marginal foi até a cozinha onde se armou com uma faca serrilhada e cortou o pescoço e o rosto de Davi. Toda a humilhação foi presenciada pela mulher da vítima. Em entrevista à Rádio Banda B, o irmão de Davi disse que a cunhada chegou a ser violentada pelos bandidos, mas a violência sexual não foi confirmada pela polícia.

Depois de passar quase quatro horas sofrendo nas mãos do assaltante, Davi foi morto com um tiro na cabeça e tombou morto na sala. Quando investigadores da DH chegaram ao local, encontrou os cômodos revirados. A faca usada pelo criminoso foi recolhida para que a perícia possa colher impressões digitais e auxiliar na captura dos suspeitos. Por se tratar de um latrocínio (roubo com morte), o caso será encaminhado para a Delegacia de Furtos e Roubos (DFR).