Bandidos apavoram bairro nobre de Curitiba

“Nós estamos apavorados.” É desta forma que os proprietários de estabelecimentos comerciais situados no Jardim Schaffer – bairro nobre de Curitiba – dizem se sentir com a falta de segurança que tomou conta da região. Praticamente todo o comércio local já sofreu assalto ou arrombamento e os prejuízos são grandes. Alarmes, grades de proteção e até mesmo a vigilância monitorada são insuficientes para inibir a ação dos bandidos.

Marcus Vinicius Pacheco, dono da distribuidora de bebidas Linda Água, na Rua Hugo Simas, 1873, diz já não agüentar mais os danos nas portas de aço do estabelecimento. “Da última vez os ladrões estavam usando um macaco hidráulico para abrir a porta”, denuncia. Como existe uma viatura da Polícia Militar que fica o dia todo parada em frente ao totem instalado naquela rua, os arrombamentos acontecem sempre durante a madrugada. “Eles esperam os policiais ir embora para depois agir”, revela o comerciante.

Sem dormir

O medo é tão grande entre os lojistas que Arizi Ramos Guidolim, 56, proprietária da Armarinhos Avenida, radicalizou. Ela abriu mão do conforto de seu lar para dormir na loja. Há meses que Arizi passa as noites em um colchonete, no mezanino, para evitar um arrombamento. “Eu procuro dormir bem cedo para que, durante a madrugada, que é quando eles agem, eu estar com o sono mais leve e ouvir qualquer barulho diferente”, explica a mulher. “Aqui o alarme sou eu. Tenho os telefones da polícia e de todos os vizinhos para pedir socorro, se precisar”, diz ela.

O proprietário da Maxifarma, Edson Bansho, 42, cuja esposa é síndica do Centro Comercial Schaffer II, confirma todas as denúncias e lamenta a insegurança. “A gente já não sabe mais o que fazer, pois é só a polícia dar as costas que os ladrões atacam. Antes tínhamos assaltos constantes, agora são arrombamentos.”

As panificadoras Farinha Mágica e Moinho do Pão são outros alvos freqüentes dos criminosos. “A gente até já perdeu a conta de quantas vezes sofremos assalto à mão armada”, comenta a proprietária da Moinho do Pão, situada na Rua Nilo Peçanha, 2225. Os donos de vários outros estabelecimentos também têm histórias de medo e insatisfação para contar e juntos pedem mais atenção da Secretaria da Segurança Pública para com o bairro.

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