Bandido baleado e preso

Durante cerca de um ano, o assaltante e homicida Hildebrando Prestes de Miranda, 28 anos, conhecido por “Hildão”, aterrorizou os moradores do Tatuquara e desafiou a Polícia Civil praticando crimes e protagonizando fugas espetaculares em meio aos barracos das invasões existentes naquela região. Anteontem, porém, ao enfrentar inimigos no Barigüi I, na Cidade Industrial, acabou sendo ferido com quatro tiros. Socorrido, foi encaminhado ao Hospital do Trabalhador, onde deu entrada usando o nome do irmão, Davi de Miranda. Descoberto, terminou preso.

Tão logo receba alta hospitalar, “Hildão” será removido para o Complexo Médico Penal, para se recuperar dos tiros e posteriormente deverá ser interrogado por investigadores do 10.º Distrito Policial. “Acreditamos que ele seja responsável por pelo menos quatro assassinatos ocorridos nos últimos meses”, afirmou o investigador Minotto, salientando que “Hildão” também comandava uma violenta quadrilha responsável por assaltos e comércio de drogas. “Ele matava as pessoas para se impor na área. É um sujeito perigoso”, lembrou o policial.

“Hildão” chegou a dizer que não conhece os indivíduos que o balearam, mas a polícia não acredita nesta versão. “Foi uma briga entre bandidos e ele levou a pior”, disseram os policiais, que além de investigar os crimes praticados pelo acusado, ainda precisam trabalhar para elucidar o atentado sofrido por ele.

Fama

“Hildão” primeiro ganhou fama de “valentão” na vila, porque ameaçava os inimigos e depois passou a matá-los, além de aterrorizar comerciantes com sucessivos assaltos. Pessoas já não caminhavam mais à noite pelas ruas do Tatuquara e suas vilas, temendo serem vítimas da quadrilha. Sentindo-se fortalecido, o criminoso passou a expulsar da região quem se atravessasse em seu caminho. Tomava os bens de pessoas pobres e exigia que famílias inteiras abandonassem seus barracos para que deles se apoderasse. Quando não era obedecido, simplesmente ateava fogo nas pequenas casas de madeira para impor o seu poder.

Com o aumento das queixas contra a quadrilha de “Hildão”, o 13.º Distrito – responsável pelo policiamento naquela área – também aumentou a caçada contra o marginal e chegou a prender alguns membros de seu bando, mas todos negavam envolvimento com o acusado. Recentemente o criminoso conhecido por “Fabão”, integrante do bando, foi morto em tiroteio com outros bandidos. “Agora faltam dois da quadrilha para serem presos, o Nego Bil e o Boy Monstrinho”, lembrou o investigador Minotto, que há tempos comanda blitze e investigações para desarticular esta gangue.

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