O caso do estudante Guilherme Carvalho Koerich, 18 anos, que teve a perna amputada após ser supostamente agredido pelos seguranças do James Bar, no Batel, no último dia 6, fez com que proprietários de casas noturnas de Curitiba, empresas de segurança privada e o Poder Legislativo discutissem a situação e a regularização da atuação dos seguranças nos bares e boates da capital.

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Hoje (15), na Assembleia Legislativa, membros da Comissão de Direitos Humanos da casa, da Associação de Bares e Casas Noturnas do Paraná (Abrabar-PR) e do Sindicato de Vigilantes de Curitiba e Região (Sindivigilantes) se reuniram para tratar sobre recentes incidentes entre as partes e debater novas normas de segurança nos estabelecimentos.

Durante a reunião, a Abrabar-PR defendeu a regularização dos ‘bicos’ de policiais militares como seguranças de bares e casas noturnas, como já acontece no estado do Rio de Janeiro e São Paulo.

Aqui no Paraná, a prática é proibida pela Polícia Militar. Segundo o presidente da entidade, Fábio Aguayo, os trabalhos ‘por fora’ sempre foram feitos pelos policiais.

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‘Não posso chegar aqui e falar que isso não acontece. Acontece sim e precisamos regulamentar essa situação com base na legislação para normatizar essas questões‘, afirma.

O presidente do Sindivigilantes, João Soares, se diz contrário a regulamentação das atividades paralelas por parte dos policiais. ‘A PM existe para proteger a população e os seguranças para resolver situações em ambientes particulares. São coisas completamente diferentes‘.

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Além disso, Soares afirma que os seguranças que trabalham em casas noturnas não são treinados para lidar com situações recorrentes em bares e boates. ‘São verdadeiros leões de chácara. É preciso capacitá-lo‘, diz.

Para o deputado Tadeu Veneri (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia, o momento é de colher relatos e ouvir propostas. ‘Hoje não sabemos como é feita a fiscalização dos seguranças nas casas noturnas e nem com que freqüência ela é feita.Também temos que analisar como esses profissionais são capacitados‘, afirma.