Passados dois anos do assassinato do empresário Yarede Yared Filho, 46 anos, o crime ainda não está totalmente elucidado pela polícia. De acordo com o delegado Gil Tesserolli, da Delegacia de Furtos e Roubos, o indivíduo responsável pelo roubo do relógio Rolex do empresário e, conseqüentemente pelo tiro que o matou, ainda não foi capturado. ?Já temos a identificação dele e o mandado de prisão em mãos. O nome não será divulgado para não atrapalhar as investigações, mas ele continua sendo procurado?, informou o policial.
Outro acusado de ter participado do latrocínio (roubo com morte) permanece detido. Wagner Shembenger Gomes, o ?Porquinho?, foi preso poucos dias após o assassinato, em Colombo. Ele foi o responsável por ter levado seus comparsas, em um veículo, para que o crime fosse cometido. ?Porquinho?, responde a outros inquéritos.
Yared Filho foi baleado ao reagir a uma tentativa de assalto em 7 de outubro de 2004. Ele estava com a sua esposa em uma Cherokee, transitando pela Rua Vicente Machado, quando ao parar em um semáforo foi abordado pelo ladrão. O empresário não quis entregar seu relógio Rolex e foi baleado. Encaminhado ao Hospital Santa Cruz, no bairro Batel, Yared não resistiu à gravidade do ferimento e morreu.
Calmaria
Apesar de o latrocínio ainda não estar elucidado, a polícia pode comemorar a quase extinção do roubo de Rolex, em Curitiba. De acordo com o delegado, apenas casos esporádicos ocorrem atualmente na capital. ?Houve essa redução devido ao trabalho de identificação de quadrilhas, ao cadastro de marginais e às várias prisões de integrantes efetuadas pela Delegacia de Furtos e Roubos?, explicou o delegado.
Entre os anos de 2003 e 2005, várias quadrilhas paulistas vinham a Curitiba para roubar relógios caros. ?A ação dos marginais é cíclica. Depende do trabalho de repressão da polícia. Se ele é bem feito, os marginais mudam de local e, conseqüentemente, diminui a criminalidade?, explicou.


