Assassino de policial acusado de mais dois crimes

Pelo menos dois assassinatos ocorridos em São José dos Pinhais, nos últimos dias, estão sendo atribuídos a João Carlos Mendes da Luz, 26 anos, preso às 11h de quinta-feira, no Jardim Alegria, naquele município. Ele também é acusado de ter matado o investigador da Polícia Civil, Osvaldo Alves da Veiga, 46 anos, executado com seis tiros, no último dia 10. Ele foi executado enquanto conversava com o assassino dentro de seu carro, um Fiat Pálio, no Cajuru.

De acordo com investigações desenvolvidas pela delegacia de São José dos Pinhais, João teria participação nos assassinatos e Eduardo de Lima Espíndola, mais conhecido como “Neguinho Cascavel”, 22 anos. O sujeito foi morto com cinco tiros, na cabeça e no peito, às 13h do último domingo, na Rua Pedro Ribuski, Jardim Ipê, em São José dos Pinhais. A arma utilizada foi o mesmo revólver calibre 38, que usado na execução de Veiga. A outra vítima, é Josiel Rodrigo Ramirez, 17 anos, morto com dois tiros, às 18h50 do dia 27 de junho. “Eles tinham uma cota de crack para vender. Quem não comercializava o combinado morria”, adiantou o superintendente Altair Ferreira.

Ontem, o advogado de João Carlos conseguiu liberá-lo do flagrante de receptação, pelo qual foi autuado em São José dos Pinhais. “Agora ele está detido por força da prisão preventiva decretada pela morte do investigador”, adiantou o delegado Agenor Salgado, chefe da Divisão Policial Metropolitana. O preso deverá ser ouvido no fim de semana, pela Corregedoria da Polícia Civil, e depois levado para a Delegacia de Homicídios, que deverá apresentá-lo à imprensa na segunda-feira. João Carlos estava de posse de vários objetos furtados, que teriam sido levados por viciados em troca de crack.

Encontro

Na sexta-feira da semana passada, alguns policiais estiveram na casa de João Carlos, no Jardim Ipê. Segundo informações apuradas pela própria polícia, João Carlos não estava e os policiais o aguardaram. Assim que ele chegou, conversaram e marcaram um encontro para o sábado. Na tarde de sábado, quando Veiga estava com a mulher e os filhos no cabeleireiro, alguém telefonou para o seu celular confirmando o encontro. Mesmo de férias desde o dia 1.º de julho, Veiga disse à família que iria resolver um assunto de trabalho e logo voltaria. No Cajuru, encontrou-se com o assassino dentro de seu carro particular. Enquanto conversavam, o criminoso sacou o revólver e disparou seis vezes contra o policial, que tombou morto ao lado do automóvel.

Apresentação

A ligação de Veiga com João Carlos deverá ser explicada pelo delegado Luís Alberto Cartaxo de Moura, titular da Delegacia de Homicídios, onde Veiga estava lotado e também a unidade policial responsável pela apuração do caso. De acordo com comentários de colegas de trabalho de Veiga, sua ligação com o traficante seria de “longa data”.

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