Assassinato por engano resulta em 13 anos de prisão

Quatro anos depois de matar por engano, acreditando que a vítima era amante de sua mulher, Jairo de Souza Sodré, 40 anos, foi a júri popular e condenado a 13 anos de reclusão.

O júri durou cerca de 15 horas no fórum da Lapa, onde Carlos Henrique dos Santos da Silva, 18, foi morto em 19 de julho de 2007. Jairo soube de um relacionamento da esposa, com outra pessoa que acreditava ser Carlos.

Posteriormente, ele descobriu que o amante era o irmão da vítima, Fábio dos Santos Silva, 24. Carlos foi assassinado com 24 facadas. Pela crueldade e por ter matado por engano, Jairo foi condenado por homicídio duplamente qualificado. O advogado de defesa, Matheus Gabriel de Almeida, tentou afastar as qualificadoras, mas os jurados optaram pela condenação por quatro votos a três.

O advogado, entretanto, teve vitória em outra acusação. Jairo ateou fogo no colchão da própria residência ao saber da traição e poderia ter a pena aumentada em três a seis anos. “O incêndio foi parcial e não expôs a integridade física nem o patrimônio dos vizinhos em risco”, explica Matheus.

Prisão

Jairo se apresentou à polícia três dias depois da morte de Carlos. Ele foi liberado e dias depois foi decretada a prisão preventiva. Jairo foi preso em 20 de abril de 2010, em Cuiabá, e permanece detido. O período em que ele já esteve preso será contabilizado no cumprimento de pena.