Enquanto a amásia dava banho na filha de 11 meses, Vicente Valdomiro Arruda Alves, 55 anos, bebia cerveja com dois amigos em um bar, perto de sua casa, na Rua Padre Cláudio Arenal, Vila Reno, Uberaba. A conversa do trio foi interrompida por um tiro, que matou o homem sobre o banquinho da mesa, pouco antes das 20h de ontem. Ninguém quis informar à polícia o nome dos companheiros de Vicente e muito menos quem o teria matado.
Aos soldados César e Velloso, do Regimento de Polícia Montada, RPMont, algumas pessoas disseram ter ouvido apenas um tiro, que veio de fora do estabelecimento. “Não souberam nos dar certeza se o assassino estava a pé ou com algum veículo”, lamentou o policial César. Segundo avaliação do perito Victório, da Polícia Científica, a arma utilizada teria sido um revólver, calibre 38.
Rolo
O dinheiro, com o qual Vicente sustentava seus cinco filhos (a menina mais velha com 16 anos), vinha de “rolos” que fazia. “Ele comprava e revendia objetos”, contou Vera Lúcia Rodrigues, 31 anos, com quem ele viveu durante 17 anos. Ela também revelou que o amásio já tinha passagens pela polícia por estelionato. “Nem imagino quem poderia ter feito isso”, disse, referindo-se ao assassinato.
Vera pouco sabia das atividades do companheiro nos últimos tempos. Ela saíra naquele dia da cadeia de Quatro Barras, onde estava presa, acusada de tráfico de drogas. “O Vicente estava tão feliz que havia conseguido me tirar de lá”, relatou, emocionada.
O motivo que levou o homem a ser morto na frente de várias pessoas, está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios. Os policiais França e Edineu colheram as primeiras informações no local, para dar continuidade às investigações.