Os reparos na tubulação do Bar da Eva, localizado no Osternack, Sítio Cercado, não puderam ser finalizados pelo servente Paulo de Sérgio de Souza, 27 anos. Ele foi assassinado na noite de sábado enquanto trabalhava na parte externa da casa, como forma de pagamento a uma dívida que tinha no estabelecimento. Minutos depois, o suposto autor do crime, não satisfeito em matar o servente, atirou contra o próprio cunhado que estava há cerca de 30 metros do bar.
Os crimes aconteceram por volta das 22h30, na Rua 2, e o principal suspeito é um ex-presidiário conhecido por “Polaco”. De acordo com as informações levantadas pela Polícia Militar, o homem foi até o bar e sem dizer qualquer palavra deu um tiro na testa de Paulo, que caiu morto na porta do estabelecimento, ficando com as pernas jogadas sobre os tubos que colocava.
Cunhado
Em seguida, o assassino saiu andando pela rua e quando chegou à próxima esquina encontrou o cunhado Carlos Alberto de Melo, 35 anos. Mais uma vez em silêncio, ele sacou o revólver e atirou seis vezes contra o homem. Os disparos atingiram a mãos, as pernas, a cabeça e a virilha dele. Depois que os socorristas do Siate constatavam a morte de Paulo, a mesma equipe deslocou-se até o final da rua para socorrer Carlos, que foi encaminhado em estado grave ao Hospital do Trabalhador.
Segundo a esposa de Carlos, Delair Nunes Moraes, que estava com ele no momento em que foi baleado, ela acredita que o irmão atirou em seu marido por causa de uma rixa antiga. “Ele devia estar bêbado e tentou se vingar de Carlos, porque quando ele morava com a gente, eles discutiram e o meu marido mandou ele ir embora”, contou.
Segundo os investigadores da Delegacia de Homicídios poucas informações sobre o que teria motivado os crimes puderam ser apuradas no local, já que mais uma vez prevaleceu a lei do silêncio.