Assim que deixou o estacionamento de uma pizzaria, na Rua Francisco Derosso, Xaxim, William Rafael Pereira da Silva, 22 anos, viu um Gol emparelhar ao Fiat 147 que dirigia. Um dos cinco ocupantes do outro carro sacou uma arma e disparou várias vezes em direção ao Fiat. Dois tiros atravessaram o pára-brisas e um deles atingiu o coração do rapaz, que morreu sentado no banco do motorista, às 2h de ontem.
Pouco depois do assassinato, conhecidos do jovem ligaram para a família dele. O guarda municipal Ademir de Jesus, padrasto de William, estava trabalhando e foi ao local do crime tentar receber alguma informação. “Os policiais militares conversaram com testemunhas, mas ninguém falou quem eram os autores”, disse Ademir. Perto do local do crime, a polícia encontrou uma pistola calibre 6,35. A arma será periciada para determinar se foi dela que partiram os disparos fatais. Dentro do carro da vítima havia garrafas abertas de bebida e, ao redor, apareciam várias latas vazias de cerveja.
A placa do Gol que transportava os autores não foi informada à polícia. Até mesmo a cor do veículo é duvidosa – segundo a PM, era branco; a Delegacia de Homicídios apurou que era vermelho.
Uma das hipóteses levantadas pela PM liga o crime a um confronto entre grupos rivais. No final de semana, um membro de um grupo fora baleado, e a morte de William seria uma represália contra aquele fato.
William não tinha passagem pela polícia e, segundo a família, não havia motivo aparente para ele ser morto. “Todo mundo gostava dele”, falou o padrasto, acrescentando que o rapaz havia deixado a casa da família há dois meses para morar com um amigo, no Alto Boqueirão. A Delegacia de Homicídios investiga o caso.