Assassinado com 16 golpes de faca

Sem piedade, o assassino de João Jorge Pastochenski, 44 anos, desferiu-lhe 16 facadas, deixando-o morto sobre a cama, no início da madrugada de ontem. O corpo só foi encontrado porque um colega foi chamá-lo para trabalhar, às 7h40, conforme haviam combinado no dia anterior. João morava em um quarto improvisado, nos fundos do terreno onde mora sua ex-mulher, na Rua Altevir Stocco, Roseira, Borda do Campo, em São José dos Pinhais. A polícia já tem o nome de alguns suspeitos.

Arlete de Jesus Marques de Souza, ex-esposa da vítima, contou que os dois haviam se separado há cerca de um ano e meio e, desde então, João passara a morar no quarto dos fundos. Segundo ela, na manhã de sábado, João lhe relatou uma história estranha. Ele teria dito que um amigo, de nome Marcos, invadiu a sua moradia e queria dormir na sua cama. “O João expulsou ele, mas o Marcos voltou com uma faca. Mesmo assim, foi mandado embora”, relatou a mulher. “Ainda bem que ele me contou isso”, registrou. Sobre a morte do ex-marido ela disse não ter ouvido barulho. Os soldados Valério e Martins, do 17.º BPM, também não conseguiram nenhuma informação complementar.

Investigação

A perita Vilma, da Polícia Científica, contou 16 facadas no corpo, em avaliação preliminar. A maioria delas foram dadas pela frente, provavelmente na hora em que o homem abriu a porta, e pelo menos uma atingiu o coração da vítima. “Pelas lesões, a lâmina da arma utilizada tem 30 cm, ou mais, e 5 cm de largura”, estimou. Segundo ela, alguns cortes nas mãos, braço e rosto indicavam que João tentara se defender do assassino.

Logo após o corpo ter sido encontrado, os investigadores Wilson e Lourival, da delegacia da cidade, tentaram encontrar o acusado, mas não obtiveram sucesso. A delegacia já tem o nome de mais de uma pessoa que pode ter envolvimento com o crime. Todas estão sendo investigadas, até mesmo para confirmar a versão apresentada por Arlete, com quem a vítima tinha três filhos.

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