Assassinado ao lado da amante

O auxiliar de serviços gerais, Antônio Marcos da Silva, mais conhecido como “Marcos Magrão”, 31 anos, foi executado às 5h da madrugada de sábado, em sua casa na Rua Adis Abeba, Jardim Santa Úrsula, em Colombo. Cinco homens armados com pistolas invadiram a casa e descarregaram as armas. A vítima, que dormia ao lado da amante Maria André Rodrigues, foi assassinada com sete tiros, que atingiram o peito e a cabeça. Apesar de estar ao lado de Antônio Marcos, nenhum dos tiros acertou a mulher.

Maria contou que vários homens rondaram a casa horas antes do crime. Ela chegou a comentar com Antônio Marcos. “Ele me disse para não me preocupar e que era para eu dormir”, contou. Por volta das 5h, cinco homens ocupando motocicletas chegaram na casa e gritaram: “Polícia!”. Antônio Marcos não se levantou e Maria orientou que era melhor atender. Mesmo assim, ele não saiu da cama. Minutos depois, os criminosos arrombaram a porta, foram até o quarto e atiraram várias vezes. Depois, foram embora sem nada dizer. O filho de Antônio Marcos, de 12 anos, estava dormindo no sofá. O garoto ficou muito abalado. A amante da vítima disse que os assassinos não usavam capuz. “Eu não conheço, mas posso identificar”, ressaltou Maria, que estava junto com Antônio Marcos há dois anos.

Antônio Marcos já tem passagem pela polícia por estupro. Foi preso em 1992. A mulher dele, Antônia Santos Bernardi, que conviveu com Antônio Marcos durante doze anos, contou que, há oito dias, foi ameaçada de morte por seu amásio. “Ele me apontou uma faca e disse que, se eu não saísse de casa, iria me matar. Não tive alternativa. Tive de sair com meus quatro filhos. O mais velho ficou com ele”, desabafou Antonia. “A responsável por tudo isso é ela, acrescentou Antonia, apontando o dedo para Maria. “Eu não tenho nada a ver com isso. Ele largou dela porque quis. Só vim passar a noite com ele”, rebateu Maria. Antonia garantiu que Maria não era a única amante de seu amásio. “Ele era um sem vergonha. Além dela, tinha outras mulheres. Não duvido nada se ele não foi morto por causa de mulher”, atacou a amásia.

Para a polícia, as desconfianças de Antônia têm fundamento. “O principal suspeito é o filho da Maria. Altamir José Rodrigues cumpria pena por roubo, mas fugiu da delegacia de Colombo há dois anos”, argumentou o superintendente da delegacia do Alto Maracanã, Job de Freitas. Outro fato que chamou a atenção da polícia é que, apesar de dizer que estava deitada na cama com Antônio Marcos, nenhum dos tiros acertou a mulher, tampouco uma gota de sangue espirrou em seu corpo ou em sua roupa. “É muito estranho. Nas próximas horas deveremos ter novidades sobre a autoria”, acrescentou Job.