Alguns comerciantes, prostitutas e travestis identificaram como Márcia Lima ou “Marcinha” a mulher morta a tiros na Rua São Francisco, quase esquina com a Rua Riachuelo, no centro. Ela foi atingida por dois tiros que atravessaram seu corpo e se alojaram na porta de metal de uma escola, às 18h30 de ontem. Policiais da Delegacia de Homicídios não conseguiram muitas informações que pudessem orientar as investigações.
Apesar de não saber ao certo quem era a mulher morta, muitos dos curiosos que se aglomeraram junto ao corpo conheciam a fama de “Marcinha”. Segundo os comentários ela era usuária de drogas, furtava carteiras de transeuntes e roupas de lojas e também se prostituía. “Há suspeitas de que ela já esteve presa no 9.º Distrito Policial, por furto, mas isso ainda será verificado, quando tivermos a identificação completa dela”, relatou o investigador Clóvis, que atendeu a ocorrência, juntamente com o policial Schumann, da DH. A polícia não confirmou que “Marcinha” fizesse programas amorosos nas esquinas daquela região.
Crime
Conforme apurado por policiais militares do 12.º Batalhão da PM, duas mulheres estariam envolvidas no assassinato. Elas se aproximaram da vítima, atiram duas ou três vezes e depois fugiram em um táxi. Segundo o perito da Polícia Científica, “Marcinha” foi atingida por um tiro no peito e outro na barriga. A arma utilizada seria um revólver, calibre 38. Os dois projéteis atravessaram o corpo da mulher e perfuraram a porta de metal de uma escola, em frente a qual ela caiu morta.
O corpo foi levado ao IML, onde aguarda identificação oficial. A mulher aparenta 30 anos, é morena clara, com cabelos e olhos castanhos, tem 1,67 m e 77 quilos. Estava vestida com uma calça jeans, camiseta bordô e jaqueta preta de algodão e calçava botas pretas. Com ela, foi encontrada uma bolsa, dentro da qual foi encontrado um par de óculos de sol, uma carteira vazia e vários papéis.