A Polícia Civil de Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), ainda não finalizou o inquérito sobre o assassinato de Gilson da Costa Camargo, de 28 anos, morto pelo soldado Eurico Gerson Araújo Pires, o soldado Gerson, do 22º Batalhão da Polícia Militar, durante uma partida de futebol. Segundo o delegado Messias Antônio da Rosa, responsável pelo caso, falta ouvir o soldado para que alguns fatos sejam esclarecidos.

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O que os policiais investigam agora é a possibilidade de que a arma, um revólver calibre 38 que foi entregue à delegacia como sendo de Gilson, tenha sido plantada. “O dono da arma, que é de Joinville, em Santa Catarina (SC), foi ouvido e disse que o revólver foi furtado no estabelecimento comercial dele. Queremos descobrir como esse revólver chegou até a delegacia”, contou o delegado.

Gilson morreu ao lado do campo. 

Conforme informou o delegado, outro soldado, identificado como soldado Mendes, foi quem pode ter entregado a arma na delegacia. “Ele contou, em depoimento, que por ser amigo do soldado Gerson, a esposa do PM lhe deu uma bolsa para entregar ao soldado na delegacia. Acreditamos que, como Gerson estava apenas com a roupa do time de futebol, a arma estava dentro dessa bolsa”, explicou Messias.

Além do homicídio, a Polícia Civil continua apurando um crime de fraude processual. “E agora, como descobrimos que essa arma era furtada, por conta disso, podemos considerar também um crime de receptação”.

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Falta encaixar as peças

O soldado Mendes, que já foi ouvido, disse aos investigadores que não sabia o que tinha dentro da mochila. “Segundo ele, ele ajudou naquele momento por ser muito amigo do soldado Gerson. Sobre a amizade, não posso contestar, mas o que investigamos é sobre o motivo dessa arma ter sido entregue e como ela foi deixada”, considerou o delegado.

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O delegado disse ainda que outros policiais também foram ouvidos e dizem que desconheciam o fato da arma ter sido entregue à delegacia. “Isso será esclarecido após a oitiva do soldado Gerson, que poderá esclarecer a questão da arma, do fato criminoso, do homicídio e tirar todas as nossas dúvidas para podermos tirar as conclusões”.

De acordo com Messias Antônio da Rosa, o soldado Gerson continua preso, no Batalhão de Polícia de Guarda (BPGd), em Piraquara (RMC). A audiência, que era para ter acontecido nesta quinta-feira (28), por causa de um atraso na decisão judicial, ficou para a semana que vem.