Aposentado é amarrado e morto

Dor e revolta marcaram o domingo de uma família que preparava uma confraternização no Dia dos Pais. O aposentado Sebastião Fabrício de Carvalho, 69 anos, foi encontrado morto às 11h30 de ontem, por dois filhos que pretendiam almoçar na casa dele, à beira do quilômetro 8 da PR-418, localidade de Santo Amaro, Areia Branca dos Assis, em Mandirituba. Sebastião foi amarrado, agredido e teve objetos roubados pelos assassinos.

Viúvo há cerca de um ano, o aposentado vivia sozinho na pequena propriedade rural. No fim da tarde de sábado, um dos filhos falou com ele por telefone e combinou o almoço do Dia dos Pais. Perto das 20h30, Sebastião já não respondeu a outra ligação, mas a família imaginou que ele estivesse dormindo ou ocupado fora da moradia.

No fim da manhã de domingo, Lourivaldo Celso Fabrício e Leonaldo Célio Fabrício, dois dos seis filhos do aposentado, souberam por que o telefonema não fora atendido. A porta da casa estava encostada, o Voyage desaparecera da garagem e o corpo de Sebastião estava estendido na laje do banheiro.

Brutalidade

Segundo o perito Carlos Henrique, da Polícia Científica, Sebastião foi morto provavelmente por socos. “A principal lesão foi no olho direito”, relatou o perito. As mãos da vítima estavam amarradas com um pano de prato da própria casa, e a estante da sala, quebrada, sugeria que o homem teria sido golpeado logo na entrada.
Como as residências mais próximas ficam a 300 metros de distância, nenhum vizinho viu ou escutou algo estranho na noite de sábado, segundo os policiais militares do 17.º Batalhão Ricardo e Antônio, que atenderam o caso.

Os filhos notaram a falta da televisão e do telefone celular. O carro foi encontrado a cinco quilômetros de distância do local do crime, abandonado numa estrada vicinal da localidade de Guapiara. As rodas dianteiras, o aparelho de som e os alto-falantes foram roubados.

O crime covarde assustou os parentes e moradores do lugar, habitualmente pacato. “Uns meses atrás o dono de um bar foi assaltado. Fora isso, é difícil ter algum problema por aqui”, contou a cunhada de Sebastião, Maria Aparecida da Veiga, moradora na mesma localidade. Parentes e a polícia suspeitam que os assassinos sejam de outra região.

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