Anormal violentava a criança na própria casa

Há dois anos uma garotinha de 9 anos vinha sendo violentada sexualmente pelo seu pai biológico, dentro de casa, em São José dos Pinhais. Esta semana o silêncio que acobertava a barbárie foi finalmente quebrado e o criminoso foi detido por policiais militares. Porém, como a prisão não foi em flagrante, o acusado foi ouvido e liberado, mesmo tendo contra si antecedentes de crime de estupro, pelo qual cumpriu pena de oito anos.

Com isso, a mãe teve que retirar os filhos da casa. Há três dias, eles estão vivendo em um abrigo mantido pelo conselho tutelar do município.

Na última segunda-feira, o garçom de 35 anos, que morava com a esposa, a menina e outros filhos, no bairro Afonso Pena, violentou a criança pela última vez. O caso foi tornado público após uma denúncia ao conselho tutelar, que enviou alguns de seus integrantes até a casa da família. Lá, a prática da pedofilia foi confirmada e a Polícia Militar, acionada. O acusado fugiu antes da chegada dos PMs.

Mas acabou sendo detido na tarde de quarta-feira, quando caminhava pelas ruas da região. Segundo a delegada Daniela Corrêa Antunes, o homem negou ter violentado a própria filha.

Monstruosidade

Segundo o relato da menina, há dois anos seu pai forçava-a à prática de sexo anal. Na última vez, de acordo com a vítima, o garçom introduziu o dedo em sua vagina, e em seguida, o pênis. A mãe alegou que não sabia o que acontecia entre eles e que era constantemente espancada pelo marido. O casal possui seis filhos. O acusado, por enquanto, assinou apenas um termo circunstanciado por lesão corporal.

Prisão

Apesar dos depoimentos, a delegada afirmou que o garçom só poderá ser preso depois que os fatos forem comprovados. Por isso, ontem a criança foi levada pelo conselho tutelar ao hospital Pequeno Príncipe para ser examinada. "Caso o laudo comprove que seu hímen foi rompido, que há sêmen em seu corpo ou escoriações no reto, o juiz certamente irá decretar a preventiva. Porém, este laudo demora em média 30 dias para ficar pronto", contou a delegada.

Enquanto isso, a família está sob proteção do órgão municipal. A filha do criminoso não seria sua única vítima. Segundo a delegada, o garçom cumpriu pena de oito anos, em regime fechado, por estupro, ganhando a liberdade em 2001.

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