João Alonso da Silva e a amásia Edwirges Zurkiewicz, ambos de 66 anos, podem ter sido traídos por alguém de sua completa confiança. A Delegacia de Piraquara já tem o nome de dois suspeitos de matar a facadas o casal – e um deles seria parente de uma das vítimas.
Segundo o superintendente interino da delegacia local, Valdir de Córdova Bicudo, a polícia recebeu telefonema anônimo revelando que cerca de R$ 1 mil e um revólver sumiram da residência do casal. “Provavelmente o criminoso conhecia as vítimas e sabia deste dinheiro”, falou o policial.
Outra informação anônima dizia que João Alonso pretendia negociar uma propriedade rural, mas encontrava resistência por parte de familiares. Entre o final da manhã e o início da tarde de ontem, o delegado de Piraquara, Germano Bonfim Filho, o superintendente e uma equipe de investigadores fizeram campana em um sítio, mas não localizaram um dos suspeitos. “Ele mora na região, mas está desaparecido desde a data do crime”, falou Bicudo. Foi a terceira tentativa sem sucesso de encontrá-lo.
De acordo com o superintendente, há indícios do nome do segundo acusado, que também será mantido em sigilo. “Precisamos da colaboração da comunidade, mesmo com informações anônimas”, solicita o policial.
A hipótese de vingança por parte de um ladrão, expulso da chácara por Alonso em uma tentativa de roubo, ainda não foi descartada.
Crime
Com vários golpes de faca pelo corpo, o casal foi encontrado morto no início da tarde de sábado, na chácara em que vivia na Rua Vidal Ramos, Planta Santiago, Piraquara. Edwirges, conhecida como “Nádia”, estava dentro da casa da chácara, e João caiu sem vida perto da entrada da propriedade, a cerca de 500 metros de distância da companheira. O homem ainda teve um pedaço de uma das orelhas arrancado. Uma filha de João, Erundina, disse o casal era pacato e não tinha inimigos na vizinhança.