Os amigos Adriano Ramos da Cunha, 18 anos, promotor de vendas do supermercado Condor, e o instalador de ar-condicionado da Caixa Econômica Federal Willian Leite, 21, conversaram pela última vez na noite de quinta-feira.
Eles foram executados a tiros, em frente à casa de Adriano, na Rua Antônio Petruziello, Vila Kosmos, Pilarzinho. Algumas pessoas comentaram que os dois foram mortos pela turma da Vila Bracatinga, no mesmo bairro, com quem teriam se desentendido semana passada.
O caso ocorreu pouco depois das 21h. Willian encontrou Adriano em frente de casa e os dois foram conversar perto de um poste, do outro lado da rua. De repente, três homens, vestidos de preto, chegaram a pé e atiraram contra os jovens. Cada um levou um disparo na cabeça, o que caracterizou execução, para o perito Silvestre Ornelas, do Instituto de Criminalística.
O soldado Osni Araújo, do 12.º Batalhão da Polícia Militar, supôs que os tiros partiram de um revólver calibre 38, pois não foram encontradas cápsulas de projéteis no chão. Depois da execução, os marginais correram em direção à Rua Jornalista Geraldo Russe.
Vilas
A Delegacia de Homicídios investiga dois suspeitos. Segundo contou uma prima de Adriano, ele e o amigo teriam sido mortos por conta de uma briga ocorrida semana passada, entre rapazes das vilas Kosmos e Bracatinga, num campinho de futebol ali perto.
Porém, afirmou que eles não estavam envolvidos na confusão. Tanto familiares como amigos dos jovens relataram que os dois eram trabalhadores e não estavam envolvidos com drogas e nem em rixas. Adriano morava junto com os cinco irmãos, que vieram de Brasília.
No bairro, algumas pessoas reclamaram da rivalidade das vilas. “Os grupos não se toleram e pronto. É motivo suficiente pra matar”, revoltou-se uma parente do promotor de vendas.