Contra o facão, Sebastião Rosa da Silva, 52 anos, empunhou a foice e decepou a cabeça de Laurindo Ribeiro da Silva, 64, em uma chácara, na localidade de Três Barras, em Campina Grande do Sul, às 19h de quarta-feira. Os dois eram caseiros de propriedades vizinhas e o motivo do crime não foi esclarecido.
Sebastião e a esposa, únicas testemunhas da barbárie, contaram sua versão aos soldados Zimmermann e Castelan, do 17.º Batalhão da Polícia Militar e, segundo o assassino, foi “matar ou morrer”. Conforme relataram, Laurindo teria chegado com um facão, com cerca de 50 cm de lâmina, e dito “agora é com você”, olhando para Sebastião. “Ele ia matar a mim e à minha mulher”, disse o assassino, dentro do camburão da PM. Pouco antes, Laurindo teria ido à casa de Sebastião e os dois teriam tomado um pouco de cachaça, segundo as informações dadas a Castelan.
O casal se preparava para comer um virado de feijão, recém- preparado, quando Laurindo chegou. Os dois homens nem teriam começado a brigar, pois um golpe certeiro de foice já derrubou o invasor, que teve sua cabeça separada do corpo com a mesma arma. Na parede branca da casa e no pátio, o sangue espirrado mostrava a violência empregada pelo assassino.
Investigação
Para Sebastião, Laurindo havia sido contratado para matá-lo, mas não quis dizer o nome do suposto mandante. Ele cuida daquela chácara há aproximadamente dois anos, junto com a mulher. A vítima, por sua vez, começou seu trabalho de chacareiro na propriedade vizinha há pouco mais de um ano, de acordo com seus familiares. Lá, vivia sozinho e não aparentava ser uma pessoa violenta. Ele era casado e tinha quatro filhas adultas.
Sebastião e a mulher foram encaminhados à delegacia de Campina Grande do Sul, onde serão apuradas as reais causas do crime.