“Ele era meu primo, mas a gente não aguentava mais os chutes que o cara dava nas nossas coisas. Vivia roubando jaqueta e outras coisas. Por isso o matamos.” Dessa forma, o foragido da Colônia Penal Agrícola Tiago Sampaio, 20 anos, confessou anteontem, na Delegacia de Homicídios, ter assassinado Paulo de Souza Sampaio, 22, a golpes de pedra na cabeça. Além de revelar que premeditou o crime, o suspeito ainda afirmou que o praticou em companhia de outro indivíduo, conhecido por Guiga, que ainda não foi apanhado pela polícia.
A prisão aconteceu às 16h de anteontem, na residência do suspeito, no Jardim da Ordem, Tatuquara, em Curitiba. No dia anterior, os policias já o haviam identificado, porém não tinham conseguido encontrá-lo. Autor de assaltos em ônibus, Sampaio já havia cumprido pena. Ele estava em regime semi-aberto, quando saiu da CPA e não mais retornou.
De acordo com o acusado o crime aconteceu por volta das 17 horas de segunda-feira, quando ele e o cúmplice foram até a casa de Paulo, o agarraram e arrastaram para o mato. “Eu o segurei e o Guiga deu as pedradas na cabeça dele, até matar”, explicou Sampaio, sem demonstrar qualquer arrependimento pelo que fez. “Eu agi por vingança mesmo, não posso negar isso”, confessou o homicida. (Mara Cornelsen)