Dez dias após o início da greve dos agentes penitenciários federais, a falta de diálogo entre a categoria e o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) permanece.

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Para o Sindicato dos Agentes Penitenciários Federais (Sindapef), o governo federal teria dito que não negocia com os grevistas. Do outro lado, o Depen diz que aguarda respostas dos agentes.

“Já ligamos para Brasília para checar se havia alguma proposta, mas a resposta foi de que não haveria negociação com os grevistas, o que é no mínimo estranho para um presidente que já foi sindicalista”, criticou o presidente interino do Sindapef, Fabrício Rocco Correa. “É um descaso com a categoria que está resolvendo um problema que o Brasil tinha. Desde que o sistema penitenciário federal foi criado, não há rebeliões nos presídios estaduais”, lembrou.

Sem acordo, os agentes aproveitam a greve para tentar mobilizar deputados e senadores para que apresentem uma emenda constitucional que altere a Medida Provisória (MP) 441, que cria o plano de cargos e salários da categoria e que é uma das principais reivindicações dos agentes.

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O Sindapef reclama de não ter sido chamado para discutir o plano, que traz vários pontos que a categoria discorda. “Enquanto não tivermos nada concreto, por nosso próprio mérito ou por resposta do governo, a paralisação continua”, disse Correa. Desde a segunda-feira da semana passada, os agentes que não comparecem ao trabalho estão tendo o cartão-ponto cortado.