Sem ser visto nem mandar notícias desde sábado, Mário Sérgio Luiz, 37 anos, foi encontrado morto às 11h de ontem, no quarto do sobrado onde morava sozinho, na Rua Salomão Guelmann, Novo Mundo. Ex-escrivão da Polícia Civil e há dois anos trabalhando como advogado, o homem pode ter sido vítima de um mal súbito, embora um assassinato não esteja totalmente descartado.
Vizinho de muro de Mário, Gílson Strasbach notou o forte odor de carne em decomposição e chamou a Polícia Militar ontem de manhã. Depois que topou com o advogado fazendo cooper no sábado, não o havia visto mais. “Poderia ser uma das viagens a trabalho que sempre fazia. Por via das dúvidas chamamos a polícia”, contou Gílson. Pela janela aberta do quarto, os soldados Beleti e Guerra entraram no sobrado e depararam-se com Mário morto sobre a cama, sem camisa, de calção e deitado de bruços.
O investigador Rommel, da Delegacia de Homicídios, aventou a possibilidade de morte por arma de fogo, devido à grande quantidade de sangue na cabeça. O perito Victório Librelon, da Polícia Científica, não confirmou a hipótese. “Dependemos do médico legista para definirmos a causa da morte”, falou o perito, que não encontrou sinais visíveis de violência após análise superficial do cadáver. Segundo Librelon, o advogado estaria sem vida há cinco dias ou um pouco menos.
Um irmão de Mário informou que a casa estava em ordem e os objetos de valor continuavam lá. O sobrado estava trancado com a chave por dentro, o que reduz a possibilidade de assassinato. Um amigo do advogado, que se identificou como Paulo, disse que a vítima era solteira e não tinha inimigos. O laudo determinando de que forma ocorreu a morte ficará pronto em no máximo 30 dias.


