Advogado de Paranaguá foi morto por cliente

O advogado Edson Carlos de Souza Veiga, 45 anos, foi assassinado por um cliente, a quem devia R$ 480 relacionados a um acordo trabalhista. Ontem, Ubiratã Nunes Cordeiro Júnior, 28 anos, foi preso por policiais da delegacia de Paranaguá e do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) e confessou o crime. O delegado Valmir Sóccio, titular da DP de Paranaguá, informou que solicitou a decretação de prisão temporária de Ubiratã, por homicídio qualificado.   

Ubiratã contou à polícia que procurou Edson para ingressar com uma ação trabalhista contra uma empresa que tem atividades no Porto, para a qual trabalhava. Porém, logo após dar entrada na ação, o advogado teria feito um acordo com a empresa, o que não agradou Ubiratã. ?Ele falou que se sentiu enganado?, salientou o delegado. Além do ódio que ficou do advogado devido ao acordo, Ubiratã se irritou porque acreditava que o advogado deixou de lhe repassar R$ 480 de uma das parcelas do acordo com a empresa, já descontados os 30% referentes a honorários devidos ao defensor.

Na tarde de quarta-feira, Ubiratã foi até o escritório do advogado para tirar satisfações. Porém, não convencido com a conversa do defensor, retornou a sua casa, onde apanhou uma faca e um capuz e retornou. Com o intuito de receber o seu dinheiro, ele simulou um assalto. Ubiratã invadiu a residência e anunciou o roubo. O advogado foi amarrado e mediante ameaça e tortura foi obrigado a fornecer a senha de seu cartão bancário. Durante o assalto, Ubiratã acabou sendo reconhecido pelo advogado e resolveu matá-lo, desferindo um golpe de faca no pescoço, quase degolando a vítima. Em seguida, pegou o cartão bancário e o celular de Edson e fugiu. Segundo o delegado, ele chegou a ir ao banco, mas não conseguiu sacar o dinheiro porque errou a senha. À noite, Ubiratã retornou à casa e pegou o monitor do computador, para dar mais veracidade ao roubo simulado.

Encontro

O corpo de Edson só foi achado às 9h da última quinta-feira. Como no dia anterior ele tinha uma audiência marcada para as 17h e não compareceu, seus clientes estranharam e tentaram entrar em contato com ele. Como não conseguiram, telefonaram para a família do advogado, que mora em Curitiba. Na manhã do dia seguinte, eles foram a Paranaguá e acharam o corpo.

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