Advogado acusa policiais civis de “arbitrariedade”

O advogado Rubens Corrêa, que responde pelo grupo Sauna Imperial ? que foi alvo de uma ação policial no último dia 3 ? acusa a polícia de cometer excessos e abusar de autoridade. Segundo o advogado, o proprietário do estabelecimento, Joel Valério, é um empresário idôneo, que há mais de trinta anos atua na área de lazer em Curitiba.

Policias da Divisão de Narcóticos (Dinarc) e do Grupo Tigre, munidos de um mandato de busca e apreensão, realizaram um blitz na sauna. Segundo a polícia, a ação foi motivada pela denúncia de uma mãe que afirmou que a filha se tornou prostituta e contraiu aids em estabelecimento semelhante. Apesar de não encontrar drogas no local, o proprietário e outras duas funcionários foram presas, sendo a sauna caracterizada como local de prostituição. Outras trinta garotas que estavam no estabelecimento também foram levadas para prestar esclarecimentos à polícia.

Para o advogado Rubens Corrêa, tudo não passou de uma armação montada para prejudicar o proprietário, pois no local não foi encontrada nenhuma situação irregular. “Eles não acharam drogas, nem remédios, nem menores, nem quais outros indícios que pudessem motivar a ação praticada”, reclamou, afirmando que até agora não teve acesso à carta que teria gerado a denúncia. “É tudo mentida, não existe carta nenhuma.” Corrêa negou que as mulheres que estavam no local são prostitutas, garantindo que são apenas clientes que freqüentam eventualmente a sauna.

Essa informação, afirma o advogado, teria sido confirmada nos esclarecimentos feitos pelas pessoas na delegacia. Ele informou que as duas funcionárias e o proprietário da casa foram erroneamente autuados pelo crime de favorecimento à prostituição. Apenas as duas funcionárias foram liberadas no mesmo dia, após pagamento de fiança. Já Joel Valério ficou detido até anteontem, quando o advogado conseguiu habeas-corpus junto ao Tribunal de Alçada.

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